Muniz justifica apoio a contas de JH; PTN está 'de portas abertas' para ex-prefeito
Por Alexandre Galvão / Luana Ribeiro
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Um dos que votaram contra a rejeição das contas da Câmara Municipal de Salvador de 2012 – e, assim como quase toda a bancada de seu partido, contra a rejeição das contas do mesmo ano de João Henrique (PSL) – o vereador Carlos Muniz (PTN) teve como justificativa a participação de seu partido na gestão do ex-prefeito. “O PTN participou até 31 de dezembro de 2012 do governo João Henrique. Eu não poderia votar contra as contas quando o partido do qual faço parte participou da administração até o último dia. Eu estaria votando primeiro contra o partido, depois contra mim”, disse. Questionado sobre a existência de algum legado do ex-chefe do Executivo, Muniz citou a relação que existia, em sua opinião, com os professores da rede municipal. “Vários legados, principalmente na área do servidor publico. Se você for conversar com um servidor, eles são muito mais João Henrique do que qualquer outro prefeito, inclusive o que aí está. Dou o exemplo dos professores, que no governo João Henrique foi quando eles obtiveram os maiores aumentos e quando eles tiveram maior prestígio no trabalho. Tinham vez e voz com o secretário João Carlos Bacelar. Diferente de hoje que o governo não conversa com a Aplb e não conversa com os professores”, apontou ele, que ainda citou obras que considera de grande impacto, como as praças do Imbuí e da Avenida Centenário. “Só no último ano todas as inaugurações que estão sendo feitas agora na gestão de Neto, na área de educação, todas construídas e iniciadas no governo de João Henrique. Mas as pessoas veem o prefeito inaugurando escola e pensam que foi ele que iniciou a construção”, argumenta o edil, que também tem críticas a JH. ”No final do governo dele deixou umas coisas a desejar. A parte de infraestrutura, que não foi feita. Eu não sou a favor de deixar a cidade do jeito que estava. Hoje está maquiada”. O vereador tratou da possível entrada do antigo aliado em sua sigla. “Ele não tem data para ingressar no PTN. Não, nós não temos certeza disso. O partido está de portas abertas para ele”, disse. No entanto, o ex-prefeito precisa se posicionar para fazer a troca. “Se ele for opositor a Neto, seria. Agora ele tem que tomar um posicionamento, tem que saber o que ele quer. Se ele quer ser candidato a prefeito, a vereador, e tomar posicionamento em relação à gestão atual. Nós não podemos ficar em cima de muro em momento algum. Nós temos que ter lado e ele tem que demonstrar em que lado esta para ingressar no PTN”.