CPI da CBF: Apurações farão 'limpeza', diz Otto; 'caixa bem fechada', define Pinheiro
Por Luana Ribeiro
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
Entre as 50 assinaturas coletadas pelo senador e ex-atacante Romário (PSB-RJ) para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), instalada nesta quinta-feira (28) no Senado, está a dos congressistas da bancada baiana. “Eu assinei o requerimento de Romário, que já vinha há muito tempo dizendo isso, que existia corrupção e desvio de recursos, que agora foram comprovadas. Isso é uma vergonha nacional, um dirigente como o José Maria Marin... Espero que a punição seja rigorosa”, opinou Otto Alencar (PSD). Para o senador, o andamento das apurações do colegiado não deve apresentar dificuldades. “Os profissionais da corrupção só a Polícia Federal pode detectar, a PF e o MP tem feito esse trabalho. Agora é instalar a CPI ouvir os implicados e que a Justiça possa agir, e que, ao contrário de colocar na CBF, coloque na cadeia”, disse. Ele acredita que as investigações em curso vão fazer “uma limpeza” no setor. “O futebol é dominado por empresários, os clubes praticamente servem de trampolim para os empresários ganharem dinheiro”, aponta. O senador Walter Pinheiro (PT) também acredita que os impactos das apurações podem ser maiores que a punição dos dirigentes corruptos. “É importante pro futebol e bom para os jogadores. São eles que fazem o espetáculo e quem fatura é o cartola. Além de combater corrupção, faz justiça. Essa coisa mostra porque tem tanta gente matando e morrendo para ser dirigente, gente que nunca fez nada dentro das quatro linhas”, pontuou o petista, que citou o resgate do direito de imagem e do passe dos jogadores como benefícios que podem ser conquistados no futuro.
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