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Professor da Ufba é afastado após denúncia por comentários machistas

Professor da Ufba é afastado após denúncia por comentários machistas
Foto: Divulgação
Denúncias feitas por estudantes de Física e Engenharia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) fizeram com que o professor Luiz Santiago de Assis fosse afastado do cargo por 60 dias, enquanto responde a um processo interno da instituição. Segundo o Correio, o motivo foram frases e posturas machistas e homofóbicas que ocorreram em aulas de diversos semestres, inclusive em turmas anteriores. Após conversar com outras professoras, alunas revoltadas com a situação decidiram gravar as declarações e buscar apoio administrativo para conter os supostos abusos. No documento entregue à Ouvidoria da Ufba, constam comentários como "mulher ou é bonita ou é inteligente", ou "nenhuma mulher de respeito deveria usar shorts curtos" - referência àquelas que participavam das aulas utilizando bermudas. Além disso, o professor fazia referências ao corpo das discentes com uma conotação sexual. Ao ver quatro estudantes no fundo da sala, ele teria perguntado o que elas estavam fazendo "de quatro". As ofensas também seriam dirigidas à ex-mulher e à filha do docente, e até sobre colegas de trabalho.  “Na minha época, se estudava pelos (livros escritos por) machos”, disse, ao criticar o livro de uma professora da universidade. De acordo com a ouvidora da Ufba, Denise Vieira, caberá ao Instituto de Física acompanhar o caso e tomar as medidas que forem adequadas. “(O desdobramento) vai depender da apuração. Qualquer pessoa pode acusar outra. O que é preciso agora é uma análise criteriosa”, completou. “Fomos notificados pela Ouvidoria e a direção da Faculdade Politécnica também sinalizou de que alunos apontavam uma irregularidade na docência. O professor foi afastado, dentro do regime jurídico, de forma cautelar, para que haja a apuração”, detalhou o diretor do instituto, Raimundo Muniz Filho. “Nossa postura não tem como ser diferente. Não faz sentido essas posições machistas. Inclusive, por lei, isso não é admissível, além de ser um comportamento antiquado que não é tolerado na sociedade atual. No instituto, se comprovado, esse será um comportamento excepcional”, completou.