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Reunião entre servidores e governo termina sem mudanças em proposta de reajuste

Por Luana Ribeiro

Reunião entre servidores e governo termina sem mudanças em proposta de reajuste
Foto: Divulgação / Fetrab
A quarta reunião da rodada de negociação entre o governo e servidores estaduais em torno do reajuste linear de 2015 terminou ainda sem um acordo, na noite desta quarta-feira (15), na sede da Secretaria de Relações Institucionais do Estado (Serin). De acordo com a presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Marinalva Nunes, o APLB-Sindicato (professores), o Sindsaúde e o Sindmed mantiveram-se contrários à proposta apresentada pelo governo de conceder 3,5% retroativos a março e 2,91% em novembro, além de 2,43% em novembro para as categorias cuja remuneração ainda não se equipara ao salário mínimo – as três entidades desejam 6,41% linear, retroativo a janeiro, além das reivindicações de cada categoria. “O governo vem batido nessa tecla desde a outra rodada, que só tem possibilidade de reajuste se a decisão for unânime. E a Fetrab não pode passar por cima da autonomia das entidades”, disse Marinalva. Uma nova reunião foi marcada para o dia 4 de maio, às 15h, também na Serin, e os sindicatos devem, até esta data, discutir novamente com suas categorias. Se a Fetrab não está habilitada para firmar o acordo, também não pode decidir por uma greve geral caso o impasse se mantenha e não seja feito reajuste. “Não há possibilidade de movimento unificado nesse momento. Os fazendários se reúnem no dia 28, a educação não tem assembleia marcada, a saúde vai fazer assembleia no dia 17”, cita Marinalva. “O secretário [Josias Gomes, titular da Serin] bateu pé firme de que prefere ser cobrado pelo reajuste do que ser cobrado por folha de pagamento”, disse a dirigente, que não descartou movimentos grevistas isolados.


Foto: Divulgação/Fetrab

Em entrevista ao Bahia Notícias, Josias afirmou que o quadro financeiro do Estado foi aberto aos servidores durante a reunião. “Não temos recursos e nem tem previsão de aumento de receita ou sequer de cumprimento do orçamento que propomos na Assembleia. É simples: não temos recursos para isso”, garante o titular da pasta, que mencionou também a crise econômica que o país enfrenta. “Os professores, o Sindsaúde, os médicos, estão tendo uma posição inflexível. Eu vou apelar para a compreensão nesse momento; no Paraná, o movimento é dos que trabalharam e não receberam, é por atraso de salário. O momento é de muita reflexão. Eles vão criar um impasse desnecessário, não vejo motivo para isso. Estamos em um momento de intranquilidade financeira, de desestabilidade total”, argumentou Josias, que disse esperar. Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, discorda da ideia de que o governo não tem dinheiro para custear o reajuste. “Acho que o governo, em minha opinião pessoal, poderia reduzir gastos em determinados segmentos, como os altos custos com propaganda, ou retirar a isenção de algumas empresas que poderia estar arrecadando. A arrecadação da Bahia não reduziu tanto assim para o governo ter essa posição”, sugere. Magalhães informou que o conteúdo da reunião será discutido com a diretoria da entidade e, em seguida, deliberado em assembleia ainda sem data definida. “Não posso garantir se terá indicativo de greve ou não”, disse. O Bahia Notícias não conseguiu contato com o Sindsaúde, nem com o representante do APLB presente na reunião. O presidente do sindicato dos professores, no entanto, Rui Oliveira, reafirmou que o sindicato não concorda com a proposta do governo. “Não vamos aceitar nenhuma divisão. Queremos 6,41% retroativo a janeiro. Essa é a nossa posição”, declarou.