'A universidade é um campo fértil do confronto de ideias', diz reitor da Ufba sobre doutrinação
Por Estela Marques
Foto: Estela Marques / Bahia Notícias
A doutrinação nas instituições se tornou pauta de manifestação no último domingo (12). A Universidade Federal da Bahia (Ufba), com forte presença de militância, inclusive, já teve um professor do seu quadro docente envolvido em um suposto caso de doutrinação ideológica em março passado. O reitor da universidade, João Carlos Salles, nega a existência da prática na instituição, mas não exclui a possibilidade de existir doutrinação na Ufba. "É verdade, e isso é uma grande tradição, que a universidade foi um lugar - isso é positivo, não negativo - de crítica, de militância política. As pessoas são formadas na universidade também como militantes, participando de lutas estudantis, defendendo interesses da universidade", lembrou o professor, que ressaltou a necessidade de criticar a militância. Isso no caso de ela ser seletiva e não pensar largamente a comunidade. A militância “boa”, que explora a universidade em sua essência, segundo Salles, vai favorecer o diálogo e não querer doutrinar. "A universidade é um campo fértil do confronto de ideias. Qualquer tipo de prática de intolerância são estranhas ao espírito da universidade", afirmou, defendendo que, se algum professor isoladamente se comporta desta forma, "isso é algo a ser combatido".