Nilo critica ação movida por servidores da AL-BA: 'um dos maiores absurdos que já vi´
Por Leo Marques
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PDT) voltou a criticar a ação movida por servidores que reivindicam a incorporação de um aumento salarial concedido há 20 anos, e a classificou como "um dos maiores absurdos" já vistos. A ação deverá ter julgamento iniciado esta semana no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), após ser adiado por um pedido de vista da desembargadora Márcia Borges. De acordo com Nilo, caso a Justiça determine o pagamento aos servidores, a Assembleia Legislativa terá que "desembolsar R$ 400 milhões em precatórios, e cerca de R$ 3 milhões serão descontados na folha mensal de funcionário ativos e inativos da Casa". O chefe do Legislativo baiano alega que o orçamento da Casa de R$ 450 milhões - segundo ele, um dos mais austeros do país - não suportaria a determinação dos pagamentos. "Não tenho como pagar. Já vi de tudo na vida, mas esse caso é inacreditável", disse Nilo, em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira (23). O desembargador Cícero Landim será o relator, nesta quinta-feira (26), na Seção Cível de Direito Público, de um agravo regimental em favor da Assembleia. O aumento salarial não incorporado à folha de um grupo de servidores da AL-BA foi concedido há 20 anos pelo então presidente do Legislativo, deputado Eliel Martins. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Sindsalba), Flávio de Abreu, foi pedida a incorporação mensal na folha de pagamento do servidor para compensar o reajuste nos salários desde 1991. E, como muitos servidores já estão aposentados e falecidos, parte dos recursos seriam retirados do Fundo Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Funprev). Na entrevista concedida a Mário Kértesz, Nilo falou ainda sobre um encontro programado para a tarde desta segunda com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em que serão definidos os critérios para a escolha da direção estadual da sigla, atualmente sob o comando do deputado federal Félix Mendonça Jr. (Atualizada às 10h30)