Integrantes do PV formalizam dissidência e dizem que legenda vive 'ditadura'
Por Alexandre Galvão
Ao centro, Luiz Penna | Foto: Agência Brasil
A novela da presidência do PV ganhou mais um episódio. A ala dissidente do partido formalizou nesta quarta-feira (14) um bloco denominado “PV democrático” – encabeçado pelo deputado estadual Marquinhos Viana, pelo suplente de deputado, Uziel Bueno, e pelo ex-presidente regional da sigla, Alan Lacerda. “Fizemos uma reunião com cinco prefeitos, com Uziel e parte da executiva que não concorda com a presidência. Nessa reunião ficou acertado que na posse de Ivanilson Gomes [que será elevado ao posto de presidente da legenda], nesta sexta [16], ninguém vai”, afirmou Viana, ao Bahia Notícias. De acordo com o parlamentar, “o partido hoje vive uma ditadura”, cujo ditador é o presidente nacional da sigla, José Luiz Penna (PV-SP). “Se o partido quer crescer, todo mundo tem que conversar. O que não pode é Ivanilson fazer as coisas dessa maneira. Ele destituiu a executiva toda do partido e só colocou amigos dele. Penna é dono hoje do PV”, acusou. Os “desmandos” de Penna, de acordo com Marquinhos, fizeram o partido diminuir nas eleições de 2014. “Os únicos estados que o partido cresceu foram a Bahia, Alagoas e Maranhão. No Rio de Janeiro, por exemplo, tivemos uma retração”, apontou. Acusado por Ivanilson de querer tomar a liderança do partido, Marquinhos Viana disse não ter essa intenção. “Só estou no partido há quatros anos. Ainda não me sinto preparado”, justificou.