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Bellintani rebate críticas a mudança do Porto: 'Não será de uma hora para outra’

Bellintani rebate críticas a mudança do Porto: 'Não será de uma hora para outra’
Foto: Tadeu Miranda / Codeba
A ideia do secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani, de transformar parte da área ocupada pelo Porto de Salvador em pólo turístico tem causado polêmica antes mesmo de ser concretizada. Mas segundo o chefe da pasta municipal a intenção não é fazer as alterações “de uma hora pra outra”. “A primeira coisa é colocar na pauta. A cidade precisa discutir o porto e o que espera dele, como ele vai ser trabalhado no PDDU e no planejamento urbano. A área tem um papel importante para a cidade”, defendeu. Segundo Bellintani, a curto e médio prazo seria necessário identificar quais áreas estão sem utilização e que impedem a vista para a Baía de Todos os Santos e identificar quais as atividades podem ser transferidas sem maiores prejuízos. “O porto foi colocado em uma circunstância histórica, quando as pessoas levavam parentes ou iam para embarcar nos navios ou para comprar mercadorias. Naquela época, ele precisava ser no centro da cidade. Mas se fosse construído hoje, seria feito ali?”, questionou o secretário. Ele afirma, ainda, que a ideia não é “simplesmente instalar bares e restaurantes”, mas provocar o desenvolvimento e a modernização da região, integrá-la com a cidade e aumentar a circulação de pessoas. Para o presidente baiano da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-BA), José Peixoto Júnior, a proposta é “excelente”. “Na verdade, esse é um projeto que já existe há algum tempo no papel e já acontece em outras partes do mundo. Você tem ali uma área extremamente interessante para o turismo com o Mercado Modelo, a Feira de São Joaquim, as lanchas que saem para Morro de São Paulo e até a baía, que é um dos locais mais bonitos da cidade. Mas ela não é utilizada dessa forma”, avaliou. Júnior acredita que a área tem potencial para deixar de ser uma “zona abandonada” e ser uma “zona de entretenimento”, não só na temporada de navios. “A Codeba tinha que terminar o trecho que foi prometido e logo depois ampliar a discussão. É uma ideia positiva em todo o mundo, não tem porque não aderir”, concluiu. O urbanista Lourenço Valadares concorda. Ele admite que a mudança de local exigiria uma série de estudos técnicos e alto investimento, mas diz que, atualmente, as estruturas serviriam como terminal de passageiros, não exigindo mais o sistema antigo. “É importante que ele continue como porto, mas eu concordo com o secretário. É importante que se devolva para a população a vista para o mar e a existência de armazéns já não se justifica. Isso devia ter sido feito há muito tempo”, defende. O assessor-chefe da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), Waldomiro Santos, informou que o órgão não tem posicionamento por se tratar “meramente de um posicionamento” e não de uma proposta. De acordo com Santos, o Porto já interage com a cidade e já há um projeto de derrubada de três armazéns para a requalificação de parte da área.