Quatro vetos são mantidos na Câmara; base reclama de tentativa de obstrução
Por Fernando Duarte
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Quatro dos nove vetos que trancam a pauta da Câmara de Salvador foram mantidos na sessão desta segunda-feira (24). A perspectiva, no entanto, eram que todos os vetos fossem apreciados, porém, segundo o vice-líder do governo, Léo Prates (DEM), a discussão individualizada de cada uma das matérias por parte da oposição impediu que a sessão continuasse. “A tentativa é votar tudo entre quarta e segunda-feira, inclusive o projeto dos professores. Depende da oposição desobstruir a votação”, afirmou Prates, que coordena a base em meio ao afastamento do líder da maioria, Joceval Rodrigues (PPS), afastado por recomendações médicas. Para o líder da oposição, Gilmar Santiago (PT), a justificativa do governo “não foi muito clara”. “Antes da votação tiveram várias questões de ordem, com os líderes indicando as votações. Como o plenário estava cheio, os vereadores aproveitavam para falar. O que nós percebemos foi que, ao término do voto do quarto veto, a maioria da bancada do governo deixou o plenário e aí, com 17 vereadores, não tinha como ter quórum”, relatou o petista. “Eu ouvi Léo Prates falando que o máximo que ele conseguiu com a bancada era votar quatro vetos e não os nove”, provocou Santiago. Enquanto o vice-líder do governo falou da expectativa de resolver as votações entre quarta e segunda, o oposicionista prefere apostar numa sessão de votação nesta terça-feira (25). “Não sabemos se vota amanhã ou vota na quarta. Não está certo que essa semana se resolve essa questão do plano de carreira dos professores”, lamentou Santiago, ao ressaltar que os professores da rede de ensino municipal deflagraram uma paralisação de 72h nesta segunda.