‘A família precisa de representantes’, diz Manassés sobre primeiro mandato na Assembleia
Por Maria Garcia
Foto: Divulgação
Os soteropolitanos que pegam rotineiramente o transporte público sabem quem é Marcos Antonio Novais. Quem deixa o recado e aumenta a sua popularidade é um exército de ex-dependentes químicos em busca de doadores para a Instituição Manassés, cujo dono que empresta o sobrenome à entidade será um dos 63 deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) a partir de 2015. Conhecido pelo projeto de recuperação de dependentes químicos, espalhados por mais 30 cantos do país, Manassés (PSB) garantiu o seu primeiro cargo político com 36.023 votos e, com o resultado, conseguiu “puxar” a sua correligionária Fabíola Mansur (PSB) para formar a sua bancada na Casa Legislativa. O partido ainda é uma “carta curinga” e quer ter uma posição independente na Assembleia, destoando de orientações da base de apoio do governo do estado ou da oposição. Com o mandato, Manassés tem como um objetivo ampliar o sistema de prevenção e tratamento dos dependentes químicos, ou seja, propor dispositivos de financiamento do estado para casas de recuperação. O que não seria, contudo, uma expansão do Instituto Manassés, fundado há 16 anos. “Fui eleito para representar o Estado da Bahia, não para representar o meu trabalho”, reiterou o pastor. “Existem muitos trabalhos sérios. O que eles precisam é de recurso e orientação. Quero representar essa área, não a minha instituição para toda a Bahia”, concluiu, sem negar que o seu centro de recuperação seria um grande candidato a ganhar o beneficio pelo governo, caso siga o projeto. Manassés afirma que a sua religião não orientará as suas decisões na Assembleia assim como nas atividades do seu centro de recuperação – mas ele nega que a Instituição exige a conversão dos pacientes.
Foto: Divulgação/ Instituto Manassés