PTN acusa João Bacelar de se passar pelo primo durante campanha

quinta-feira, 25/09/2014 - 15h40

Por Fernando Duarte

PTN acusa João Bacelar de se passar pelo primo durante campanha

Fotos: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

João Carlos Bacelar e João Carlos Bacelar são primos. O primeiro é filiado ao PTN e candidato a deputado federal pela primeira vez – é deputado estadual. O segundo é filiado ao PR, utiliza o nome de João Bacelar nas urnas, e candidato à reeleição para a Câmara Federal. Agora concorrentes, a rusga familiar chegou à Justiça. O presidente estadual do PTN, Maurício Bacelar – irmão do João Carlos Bacelar do PTN -, ajuizou duas ações no âmbito da Justiça Eleitoral e uma notícia crime na Polícia Federal contra o primo republicano. A razão: João Bacelar – o do PR – distribuiu material de campanha nos bairros de Cajazeiras e Nordeste de Amaralina, e nas cidades de Camaçari e Esplanada simulando parcerias com correligionários do João Carlos Bacelar – do PTN. “Vou esperar que a Justiça julgue, mas o partido se sentiu duramente atingido. Entramos com a representação para defender os candidatos a deputado do partido”, reclama o dirigente do partido. No material, distribuído pelos Correios, João Bacelar aparece com Tude (PTN) em Camaçari, com Bruno Reis (PMDB) em Salvador e com Alex Lima (PTN) em Esplanada. Os três candidatos a deputado estadual negam qualquer relação com o candidato do PR.

“Somos primos carnais, mas sempre tivemos ideologias e condutas políticas diferentes”, ressalta Maurício. Para ele, além da discussão sobre o “uso sem autorização” de apoiadores de João Carlos Bacelar – do PTN -, é preciso investigar a distribuição pelos Correios com os CNPJs de Tude, Bruno Reis e Alex Lima. Nas peças de Salvador e de Camaçari, aparece ainda a imagem do prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), também adversário político dos partidos aos quais João Bacelar está coligado. “Em Esplanada ele não usa a foto de ACM Neto, pois o DEM é o grupo político adversário do PTN”, explica. “Pedimos para suspender a produção e a distribuição desse material e a Justiça já concedeu a liminar”, afirma o dirigente. “Quando estava vindo para cá, meu telefone tocou. Era um aliado nosso perguntando se o número de João Carlos Bacelar tinha mudado. Quando ele começou a falar o número eu interrompi e disse: ‘Não, esse é o falso’”, relata Maurício. Procurado, o deputado federal João Bacelar - o do PR - não foi localizado para comentar a denúncia.