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Pastor diz que cristãos não vão ao Dique por causa de orixás e que é ‘denegrido' em redes sociais

Por Rebeca Menezes

Pastor diz que cristãos não vão ao Dique por causa de orixás e que é ‘denegrido' em redes sociais
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias
O candidato a deputado federal Pastor Elionai Muralha (PRTB) questionou nesta terça-feira (9) a denúncia de intolerância religiosa feita ao Ministério Público Eleitoral (MPE-BA) por sua proposta de retirada de imagens de Divindades do Candomblé (Orixás) do Dique do Tororó, (pátio e entrada da sede dos) Correios da Pituba e do Centro Cultural Mãe Mirinha de Portão, em Lauro de Freitas. A denúncia foi protocolada pela comissão provisória do Partido Popular de Liberdade de Expressão Afro-Brasileira na Bahia (PPLÊ). “Eu não coaduno com práticas de ódio religioso ou intolerância, eu busco a isonomia de órgãos e repartições, que não podem ser palcos de uma crença. Diversos segmentos da fé cristã não praticam atividades no Dique porque os Orixás estão lá”, disse o Pastor Elionai ao Bahia Notícias. Ele afirmou que se sentiu “denegrido” por causa das críticas que sofreu nas redes sociais, já que, ao contrário do que dizem, ele respeita as religiões de matriz africana. “O candomblé, mais do que nunca, é uma religião. Crença a gente respeita, mas lei nenhuma obriga a ter simpatia por pensamentos divergentes. Eu não quero ‘retirar’ os orixás, como estão dizendo. Só quero fazer a transposição para os terreiros. O que, inclusive, vai fomentar o turismo destes locais. Ninguém vai perder”, defendeu. Questionado sobre a necessidade de incluir no projeto a retirada de obras como a Cruz Caída, que fica na Praça da Sé, ou do Cristo, na Barra, o pastor disse se tratarem de situações diferentes. “A Cruz Caída é uma obra de arte, é diferente. Agora o espaço público deve respeitar, ser isento. Não houve audiência para colocar os Orixás, foi algo compulsório. Mais de 80 mil evangélicos abraçaram o Dique para pedir uma audiência, mas não foram atendidos”, reclamou. Segundo o advogado de defesa de Elionai, Rogério Matos, “não existe nenhum crime em que o caso seja tipificado”. “Ele não falou mal, nem agrediu ninguém. Ele respeita as outras religiões, só está pedindo a transposição”, afirmou. Matos contou que deve protocolar, nos próximos dias, um pedido antecipado de rejeição do MP à denúncia do PPLÊ. “Ela é inócua e não oferece lastro mínimo para o oferecimento de denúncia, tornando o ato risível”, classificou.