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Embate entre Rui e Lídice domina segundo bloco do debate

Por Rebeca Menezes / Fernando Duarte

Embate entre Rui e Lídice domina segundo bloco do debate
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Durante o segundo bloco do debate da Band desta quinta-feira (28), os candidatos realizaram perguntas direcionadas para os seus concorrentes. O primeiro candidato a perguntar foi Da Luz (PRTB), que questionou Paulo Souto sobre os oito anos da sua gestão e sobre as promessas. E questionou: "Quem é o pior? O PT ou o DEM? O senhor dorme tranquilamente à noite?". "Primeiro não dei nenhuma autorização para que o candidato falasse em meu nome", criticou o democrata. Ele defendeu que teria saído "muito bem avaliado" pela população depois de seus dois governos. Se colocou como o governador que implantou o SAC e que fez o maior programa de saneamento do país, citando ainda investimentos em indústria descentralização dos atendimentos de saúde, com aumento da cobertura à população."Eu acho que tudo isso mostra, claramente, a minha preocupação em estar sempre voltado para a inovação", disse. E concluiu: "Eu durmo, sim, tranquilamente". Da Luz rebateu e disse que ele não falou sobre os problemas de saúde e educação, e classificou Souto como integrante do "time da propaganda". Mas o democrata disse que uma de suas características é prometer aquilo que é possível - sendo até criticado por não prometer mais - e disse que fará propostas "com viabilidade, dentro dos orçamentos disponíveis" - quando aproveitou para afinetar o governo petista ao sugerir problemas financeiros.
 

O embate entre Lídice da Mata (PSB) e Rui Costa (PT) foi pautado pela crítica à apresentação da propaganda eleitoral do petista. Segundo Lídice, o programa eleitoral prega que Rui “fez tudo na Bahia, o que tem e o que vai ter”. O candidato do PT rebateu a crítica sugerindo que participou de projetos como os planos de mobilidade em Salvador, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul. “A Bahia precisa de grandes projetos para se desenvolver. A Bahia ficou parada muitos anos por falta de iniciativa, por falta de coragem, de vontade de fazer. Eu vou buscar com ajuda da presidente Dilma [Rousseff], tomando empréstimo para aquilo que se precisa”, sugeriu Rui. Lídice, no entanto, taxou o adversário como “inimigo número um do funcionalismo público da Bahia”. Além de reiterar a posição para criticar a alcunha de executor de projetos.  “Qual cargo o senhor tem para tirar da gaveta um projeto, como o da ferrovia? É uma invenção da sua campanha”, provocou a socialista. “Quando eu disse que tirei da gaveta, é porque muitos governadores viram e não fizeram. Eles foram comedidos demais”, criticou o petista.O terceiro a perguntar foi Rui Costa (PT), que devolveu a pergunta à Lídice. Ele disse que a Bahia viveu por muito tempo sem abastecimento de água e defendeu que o atual governador Jaques Wagner fez o maior investimento da história na área. Questionou, então, quais seriam os investimentos em recursos hídricos para consumo humano e produção agrícola. A socialista prometeu investir em projetos de segurança hídrica, "não com cisternas e sim com ações perenes". Ela criticou a transposição do Rio São Francisco, que estaria "morrendo assoreado e cheio de areia", e falou em integração de bacias São Francisco com o Sudeste e o Centro Oeste para recuperar e realimentar rios baianos, prejudicados pela transposição. Citou ainda investimentos que promovam a convivência com seca com ações permanentes atraves de novas tecnologias. "E não só do agua pára todos e sim ações que modifiquem drasticamente a situação. Inclusive, já encaminhei um projeto ao Senado do corredor ecológico, para proteger o São Francisco para que ele possa ser usado em consumo humano, agricultura irrigada e alimentação. O petista criticou a gestão anterior a do petista, que não teria acreditado que era possível realizar as mudanças necessárias e prometeu fazer canal do São Francisco para resolver "definitivamente" o problema de abastecimento. Por fim, garantiu 10 barragens em 4 anos. "Vossa excelência", começou Lídice "como secretário da casa civil, o senhor não conseguiu fazer as barragens prometidas pelo atual governo, e agora promete fazer o eixo sul da transposição que é obra do governo federal, e não do estado? Não vai fazer 10 barragens como não conseguiu 2", alfinetou. 
 

 
Marcos Mendes (PSOL) e Souto travaram um embate sobre a área de saúde. Antes, porém, o candidato do DEM, aproveitou para criticar o atual governo, direcionando os ataques ao petista Rui Costa por meio de projetos como o Porto Sul, a Fiol e as ações no semiárido. O candidato do PSOL criticou o que taxa como “privatização da saúde” e atacou o candidato ao Senado pelo PSD, Otto Alencar, por iniciar o processo quando foi secretário de Saúde, em 1991, e a lei das organizações sociais, sancionada em 1997, quando Souto era governador. “O nosso programa defende o SUS iminentemente público, com desenvolvimento de uma carreira de Estado para a saúde pública”, defendeu Mendes. Sem responder às provocações, Souto classificou a situação da saúde como “dramática”. “E o governo não consegue reagir”, sugeriu o candidato do DEM. Para Mendes, um dos problemas na saúde é o que ele chamou de “modelo ‘hospitalocêntrico’”. “É um hospital oco, que não humaniza. Foram criados o Hospital da Criança e o Hospital do Subúrbio, os dois terceirizados. Quando o paciente vai tenta atendimento, mandam para o Hospital Roberto Santos”, criticou o candidato do PSOL. Último a perguntar, Mendes questionou Da Luz sobre qual política adotaria para os funcionários públicos, chamados de "sofredores públicos", com graves perdas salariais e órgão sucateados. "Nós iremos reduzir de 32 para 10 secretarias, cortando cargos de indicação polictica", prometeu. Rogério afirmou que sua política seria a de gerar hierarquias, para que os funcionários não ficassem estacionados, e sim fossem valorizados. "Ou nós valorizamos o funcionário público, professores, policiais e médicos, ou não teremos, jamais, um serviço público de qualidade", disse. Mendes replicou que, na Bahia, é comum que os servidores sejam punidos com redução de salários e que reduzir as secretarias geraria demissões, novamente punindo os servidores. "Queremos substituir terceirização por cargos públicos e participar de todas as negociações, para transformar os servidores em companheiros", afirmou Marcos. Mas Da Luz discordou e explicou que remanejaria os funcionários, não os demitiria. As vagas cortadas seriam, para ele, apenas aqueles de indicação política.