Clima de tristeza resume coletiva do partido regional sobre morte de Eduardo Campos
Por Maria Garcia
Foto: Manuela Cavadas
O clima era de consternação. Em coletiva na tarde desta quarta-feira (13) do PSB regional, no comitê eleitoral da candidata ao governo Lídice da Mata (PSB), postulantes e dirigentes da sigla se emocionavam com qualquer palavra proferida por Lídice. A própria, ao mencionar em seu discurso os cinco filhos que o presidenciável Eduardo Campos deixou após o acidente de avião na manhã desta quarta, em Santos (SP), não conseguiu se conter e, em lágrimas, pausou por um momento o que dizia e se estabeleceu após cuidados de seus assessores. Até o final do pronunciamento, Lídice enxugava o choro com um pano entregue junto a um copo d’água, que ela tomou somente após ler na íntegra a nota de pesar da legenda. “Ele estava animado com a campanha, nos dava luz para continuar”, declarou a candidata. Placas com o presidencíavel, junto à imagem da aspirante à vice-presidência Marina Silva (PSB), foram deixados no chão. Apesar do silêncio não preencher o recinto, as pessoas respeitavam o luto ao comentarem, em tom baixo, sobre a situação desagradável. Jornalistas se questionavam até que ponto seria deselegante, no momento, perguntar o impacto da morte de Eduardo Campos na campanha eleitoral. Um pouco mais contida, mas não menos chocada, estava a candidata ao Senado Eliana Calmon (PSB). “Ele era um legado de coragem, competência. O Brasil perde um grande estadista”, comentou a postulante. Ao final, os próprios políticos preferiram não ficar muito tempo e saíram do local. Marina Silva também se pronunciou abalada sobre o assunto, em coletiva realizada em Santos (SP). “Uma tragédia que nos põe em tamanha tristeza. Aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar em suas atitudes e ideais de vida”, declarou a candidata à vice-presidência, ao lado de companheiros de partido.