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‘Quem fez deve estar a serviço de satanás’, diz Isidório sobre resolução do Conad

Por Rebeca Menezes

‘Quem fez deve estar a serviço de satanás’, diz Isidório sobre resolução do Conad
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PSC) classificou como “absurda” a resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) que regulamentará as comunidades terapêuticas que auxiliam na recuperação de dependentes químicos. Segundo a Folha de S. Paulo, o texto – que deve ser publicado nas próximas semanas –, define que as clínicas não poderão obrigar os pacientes a aderirem a uma religião. Para o pastor, que diz ser ex-homossexual, ex-bandido e ex-viciado em drogas, os grupos só conseguem recuperar pessoas porque as levam à fé. “Quem fez essa resolução deve estar a serviço do satanás. Essas pessoas não devem entender como funciona. As pessoas vão para as drogas porque perderam a esperança em tudo. As religiões de matrizes africanas, os espíritas, os católicos, assim como os evangélicos usam a fé em alguma coisa para afastar as pessoas da dependência”, defendeu, em entrevista ao Bahia Notícias. O social-cristão acredita que o crack “está ficando cada vez mais forte que as estruturas do estado” e que a medicina não consegue controlar a “pandemia” que a dependência química se transformou. “O rivotril e os psiquiatras não estão conseguindo lidar com a questão. O que funciona é o lúdico, o samba, o cômico... Eu mesmo trabalho muito com comédia”, avaliou. Questionado se aceitaria na sua instituição – a Fundação Dr. Jesus – alguém que não quisesse aderir a sua religião, Isidório foi categórico: “Eu aceito ele e o transfiro para a religião que ele quiser. É só ele dizer que quer crer. Eu só não aceito quem acredita no satanás, porque não sou obrigado a aceitar na minha casa quem acredita no satanás”. Já para o psiquiatra Antônio Nery, a resolução “é fundamental”. “A Constituição diz que não se pode impor uma religião a ninguém. Além disso, eu compreendo que exista uma prática curativa que seja, por ela própria, uma atividade curativa. Mas uma clínica que tenha caráter médico, psicológico, não deve ter uma característica puramente religiosa”, afirmou ao BN.