Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Investigação acusa empresas de uso de laranjas; uma presta serviço para prefeitura

Por Maria Garcia

Investigação acusa empresas de uso de laranjas; uma presta serviço para prefeitura
Fotos: Divulgação
Uma investigação preliminar da 5ª Delegacia Territorial (DT/Periperi) aponta indícios de sonegação fiscal e uso de laranjas da Empresa Bahiana de Amarzéns Gerais (Embage) e da CD Logística Nordeste Ltda. Ambas as companhias já concorreram a pregão público, questionado pelo Ministério Público (MP-BA), e uma presta serviços para a prefeitura de Salvador. A Embage tem contrato para serviços da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desde 2009, que expira em setembro deste ano, porém, continuará atuando após a Justiça acatar liminar do MP-BA. O responsável pelo processo, delegado Nilton Barbosa, confirmou que há indícios de irregularidade e afirmou que a sondagem foi iniciada a partir de denúncia anônima, na qual acusava uma das empresas de cometer crimes de sonegação. “Nós conseguimos entrar em contato com a Delegacia de Estelionato (DCCP) e encaminhamos os documentos para a Polícia Federal (PF). Existem indícios de possíveis ocorrências de crimes, mas a investigação ainda é muito incipiente”, concluiu Barbosa. Nos documentos obtidos pelo Bahia Notícias, um dos supostos sócios da CD Logística admitiu receber um salário “por fora” da proprietária da Embage, Mônica Silva Oliveira de Almeira, para ter seu nome na sociedade. A identidade do suposto sócio está firmada em uma “Alteração Contratutal da Sociedade Empresária”, documento datado em março de 2013, quando seu nome é retirado da sociedade.
 

“Dona Mônica deu ao declarante uns papéis para assinar, que posteriormente tomou conhecimento que a empresa foi colocada em seu nome”, consta em depoimento do suposto sócio. Já o marido da empregada doméstica A.M.R, que está como sócia majoritária da companhia Embage, afirmou em relato policial que ela ganha um salário mínimo e não faz ideia de que a cônjugue é proprietária da empresa, principalmente por morar em um local considerado pelo mesmo como “humilde”. A.M.R foi retirada da sociedade da Embage em janeiro de 2013 para, posteriomente, ser admitida em março do mesmo ano como sócia da CD Logística, empresa que também tem Monica Silva Oliveira de Almeida como representante legal. Além de portar depoimentos e contratos para reforçar a investigação, a polícia também visitou as sedes das respectivas empresas e as consideraram “incompatíveis” com os respectivos capitais sociais. A reportagem contatou a empresa Embage e uma pessoa encaminhou para o número da administração da CD Logística para obter mais informações. Após uma nova tentativa de contato, uma atendente encaminhou para a sala de Monica de Almeida, a proprietária “que vem aqui algumas vezes”. A interlocutora que ao telefone e respondeu a reportagem, contudo, alegou que Monica não é dona da companhia, mas sim um homem de prenome “Adilson”. Após diversas tentativas, a reportagem não conseguiu obter o contato de nenhuma das empresas.