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Secretário nega ida de montadora para o Rio, mas admite problemas acionário e de financiamento

Por Evilásio Júnior

Secretário nega ida de montadora para o Rio, mas admite problemas acionário e de financiamento
Secretário anunciou unidade no final de 2011 | Foto: Mateus Pereira/ Secom
O secretário estadual de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, negou a hipótese de saída da fábrica da JAC Motors da Bahia. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, desta quinta-feira (31), informa a possibilidade de troca das instalações para o Rio de Janeiro. Em entrevista ao Bahia Notícias, o titular da SICM revelou ter conversado com o presidente do grupo SHC, que administra a montadora no país, Sérgio Habib – que está na China –, e disse que um braço da empresa chinesa negocia a instalação de uma unidade de produção de caminhões com vários estados, entre eles o fluminense. No entanto, ele admitiu que uma divisão acionária da companhia tem dificultado a obtenção de recursos. “O que está pegando ainda é o financiamento. O financiamento anterior foi cancelado. Houve uma mudança que atrapalhou. O projeto de captação, que era junto, separou. Antes, chineses e brasileiros, juntos, iam fazer a fábrica. Os brasileiros tinham dois terços e os chineses um terço do controle da JAC Motors do Brasil. Agora, isso se inverteu. Os chineses assumiram dois terços e cada um vai cuidar do seu financiamento. A JAC Motors do Brasil vai buscar a captação da parte que vai entrar na obra”, reconheceu. De acordo com Correia, como “garantia”, a matriz fez um contrato com a SHC de R$ 1,5 milhão por ano, por dez anos, como “aluguel de fábrica”. Segundo ele, Habib tem buscado verba para erguer o empreendimento junto a fundos de financiamento e bancos. “Quando há mudanças, o banco que está financiando fica preocupado e começa a exigir mais garantias. Essa é a dificuldade que está tendo”, ponderou. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB), uma das instituições financeiras que negociavam com a JAC, foi alvo de críticas de James Correia. “A Gamesa está com a fábrica pronta há um ano e não recebe investimentos do BNB. A Itaipava terminou a fábrica em Pernambuco, também há um ano, e não recebeu nenhum centavo do BNB”, comparou. A fábrica, com sede em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, teria capacidade para produzir 100 mil automóveis por ano. Conforme o anúncio do projeto, em novembro de 2011, o investimento seria de R$ 1 bilhão. Apesar de a estimativa de inauguração já ter sido adiada de 2014 para 2015, agora o secretário confirma que “não há prazo”. Cerca de R$ 15 milhões em incentivos fiscais já foram concedidos pelo Estado.