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Jornalista reclama de constrangimento com cabelo black power ao renovar passaporte

Por Juliana Almirante

Jornalista reclama de constrangimento com cabelo black power ao renovar passaporte
Foto: Reprodução/ Facebook
A jornalista Lília de Souza relatou, em postagem no Facebook, ter sofrido constrangimento quando tentou renovar o seu passaporte no posto da Polícia Federal no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do Salvador Shopping, na manhã desta quarta-feira (16). De acordo com seu depoimento, na hora de tirar o retrato para o documento, foi informada por uma policial de que o sistema não aceitou a imagem por conta do seu cabelo, que tem o estilo black power. “Fiquei muito constrangida. Eu ainda insisti em fazer a foto com o meu cabelo solto, ela tentou algumas vezes e o sistema não permitiu. Tive que prender meu cabelo com uma borracha daquelas de escritório, que eles arrumaram e me deram”, reclamou. Ela conta que já havia esperado sete horas para ser atendida no local e, com a situação constrangedora, além de “cansada”, ficou “arrasada”. “E assumo, impotente, chorei do lado de fora do SAC”, lamentou. Lília narra que voltou ao local depois de alguns minutos para protestar, mas o coordenador da unidade não estava. “Conversei com duas policiais que disseram para mim que isso sempre acontecia com pessoas com o cabelo como o meu”, relatou. “As policiais falaram que eu não deveria me sentir daquele jeito e que não tinha nada a ver com racismo. Uma delas, entretanto, acabou soltando que o sistema é problemático mesmo, inclusive é complicado na hora de tirar fotos de pessoas muito negras, quando é preciso clarear um pouco a imagem”, denunciou. A jornalista afirma que enviou e-mail para a Ouvidoria da PF com o seu relato. “Espero que eles mudem esse sistema”, considerou. Procurada pelo BN, a assessoria da Superintendência Regional da PF na Bahia não atendeu aos telefonemas da reportagem.