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Eleição para TCE: 'Se tirou ou não tirou, não mandei ninguém tirar', diz líder sobre fotos de votos

Por Evilásio Júnior

Eleição para TCE: 'Se tirou ou não tirou, não mandei ninguém tirar', diz líder sobre fotos de votos
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O líder do governo na Assembleia Legislativa (AL-BA), Zé Neto (PT), jura de pés juntos que não partiu nem dele nem do Palácio de Ondina a ordem para que os deputados da maioria tirassem fotos dos seus votos na conturbada sessão que elegeu o parlamentar federal Zezéu Ribeiro (PT) conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre a noite de quarta (28) e a madrugada desta quinta-feira (29), após primeiro turno com vitória parcial para Carlos Gaban (DEM), um tumulto generalizado tomou conta do pleito. Integrantes da oposição denunciaram que governistas teriam tirado foto das suas cédulas para comprovar que não traíram o governador Jaques Wagner (PT). Dois motivos fundamentam a tese: enquanto os representantes da minoria demoravam cerca de 10 segundos para depositar a sua indicação na urna, os adversários levavam aproximadamente um minuto. Pior: flashes teriam refletido a partir da cabine de votação. "Se tirou ou não tirou, eu não mandei ninguém tirar. Eu chamei minha bancada para conversar com maturidade e respeito. A gente teve uma conversa dura, demorada, olho no olho, e eu disse que quem não quer ficar na base, saia. Alguns deputados admitiram que estavam insatisfeitos e a gente ajustou. Coisas normais do processo político. Não foi decisão de governo, não foi decisão de bancada. Desafio que eles comprovem que eu mandei alguém tirar foto", defendeu-se Zé Neto, em entrevista ao Bahia Notícias, ao admitir tanto que houve traição de aliados no pleito quanto registro de imagens dos votos.

Apesar da infração, na avaliação do petista, a reação dos contrários se deveu à "certeza de que iriam perder". "Para mim, isso [fotos dos votos] não diz absolutamente nada. Estão querendo 'tirar de tempo' e fazer cortina de fumaça. Acabou a festa. Reverti conversando com a minha bancada. Agora o que eles fizeram foi uma irresponsabilidade. Xingar a Casa, agredir companheiros, atirar votos para o alto, tentar quebrar urna, isso é um crime contra a democracia. É assim? Quando perdem vão para a mão grande?", indagou o chefe situacionista, sobre a ação do líder da minoria, Elmar Nascimento (DEM), que iniciou o tumulto ao atirar cédulas ao chão. "É uma coisa absurda que na Bahia, hoje, não cabe mais. Sabe o que é isso? Estão empolgados com o cavalo paraguaio que é essa pesquisasinha deles aí [Ibope: Paulo Souto (DEM), 42%; Lídice da Mata (PSB), 11%; Rui Costa (PT), 9%). Estão pensando que vão voltar a fazer o que faziam no passado. A eleição ainda tem muita água para rolar. O bom disso tudo é que serviu para mostrar o tipo de conduta deles", atacou o deputado. O presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), prometeu abrir representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da AL-BA contra Nascimento e Paulo Azi (DEM), também acusado de fomentar a discussão. A ala da oposição anunciou que tentará impugnar a sessão em que foram eleitos os novos conselheiros do TCE na Justiça.