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Pré-candidato a governador pelo PSOL, Mendes vê protesto como 'ponto de partida' para mobilização

Por Luana Ribeiro

Pré-candidato a governador pelo PSOL, Mendes vê protesto como 'ponto de partida' para mobilização
Fotos: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Após acompanhar a manifestação ocorrida nesta quinta-feira (15), o pré-candidato ao governo do Estado pelo PSOL, Marcos Mendes, acredita que, apesar da adesão relativamente pequena, o ato representou o “ponto de partida” de uma mobilização maior em torno do custo da Copa do Mundo de 2014. “Não esperávamos uma densidade muito grande nessa primeira manifestação. Tivemos uma organização curta, uma convocação muito rápida e contamos com um grande problema que foi a chuva, o que retirou muita gente da manifestação. Várias pessoas ligavam, dizendo que em várias áreas estava tudo trancado. Se não fosse isso, o protesto não seria extremamente maior, mas pelo menos poderia dobrar a adesão”, opina. A marcha, que estava prevista para começar às 17h e iniciou cerca de uma hora depois, teve cerca de 50 manifestantes, com apoio de carro de som.

Nas palavras de ordem, faixas e cartazes, eram feitos questionamentos sobre os recursos investidos na realização do Mundial, que, segundo Mendes, é o foco da movimentação. “Nós não somos contra a Copa, gostamos de futebol: aqui é o país do futebol. Somos contra a Fifa, com a conivência dos gestores federais, estaduais e municipais sangrando os cofres públicos para fazer a Copa. Em 2007, a previsão era de gastar R$ 6 bilhões; em 2010, chegou a R$ 20 bilhões e agora já são quase R$ 30 milhões. Também em 2007, a estimativa era de se gastar R$ 1,1 bilhão com estádios e já chegamos a quase R$ 10 bilhões”, contabilizou.

Além de apontar defasagens nos setores da saúde, educação e segurança pública, o socialista destaca o projeto da Arena Fonte Nova, que foi reconstruída sem o antigo Ginásio Esportivo Antônio Balbino, o Balbininho, o que considera “completamente excludente”. “Retiraram a piscina, onde jovens, sobretudo os pobres, faziam natação, idosos faziam hidroginástica, PMs e atletas treinavam. Isso aconteceu por manifestação da Fifa”, reclama. O estádio era o destino final da passeata, porém os integrantes do protesto foram impedidos de passar do Largo do Campo da Pólvora por barreiras de policiais. “Foi um esquema de guerra. Poxa, foi uma manifestação completamente pacífica – como eles mesmos dizem, foi ordeira. O nosso direito de ir e vir foi totalmente tirado. Tivemos que parar no fórum [Ruy Barbosa, em Nazaré]. O movimento foi totalmente manobrado pela polícia. Se não fizéssemos enfrentamento, não conseguíamos chegar lá [na Arena]”, relatou Mendes, que se disse “muito decepcionado” com o acompanhamento feito pela PM. “O governo estadual que deu a ordem para nos impedir de chegar”, sugere.

Apesar da quantidade de agentes – ao todo, segundo o governo do Estado, um efetivo de 140 policiais –, que estavam munidos de cassetetes, escudos, balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e sprays de pimenta, não houve confronto com os manifestantes e ninguém foi agredido. O grupo que iniciou o ato se dispersou com a chegada de outra organização que, entre os componentes, contava com jovens com o rosto encoberto. “São os anarquistas, eles são independentes e autônomos. Não tenho o que dizer sobre eles, nem contra, nem a favor. Eles chegaram gritando, negando o nosso grupo. Mas, mesmo antes da chegada deles, o nosso direito de ir e vir foi tirado. Que seja feito um aparato para proteger o Estado, mas isso não podia ter ocorrido”, critica Mendes.

Segundo o socialista, a previsão é de que, daqui a 15 dias, o Comitê Popular da Copa – que organizou a ação –, composto por diversas entidades, se reúna novamente para definir as datas e o formato das próximas manifestações. “Foi perguntado se poderíamos participar e eles disseram que aceitavam tranquilamente”, pontuou. Além de Marcos Mendes, o vereador do PSOL Hilton Coelho e representantes de sindicatos controlados por partidos políticos participaram do protesto desta quinta.