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Comissão Nacional da Verdade busca restos mortais de guerrilheiro baiano

Comissão Nacional da Verdade busca restos mortais de guerrilheiro baiano
Foto: Arquivo/ Na foto, o primeiro à esquerda e embaixo
Após ser ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) nesta segunda-feira (17), o advogado Mário Rocha Filho concedeu material genético no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para uso em futura exumação do corpo do irmão, o professor e estudante de Direito João Leonardo da Silva Rocha, um dos dirigentes do Movimento de Liberação Popular (Molipo) e integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN), morto aos 36 anos em suposto confronto com a Polícia Militar em junho de 1975, na cidade de Palmas do Monte Alto, no sudoeste baiano. João Leonardo era soteropolitano e foi um dos 15 presos políticos libertados e banidos do país com o sequestro do embaixador do Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, em 1969. Com 76 anos, o seu irmão mais velho autorizou nesta segunda que o corpo seja exumado, caso seja viável tecnicamente. O material será encaminhado para o banco de DNA dos familiares de mortos e desaparecidos. Uma equipe da CNV, acompanhada do médico legista Aluísio Trindade, da Polícia Civil do Distrito Federal, esteve em fevereiro no município baiano para colher depoimento de sete pessoas relacionadas ao caso. O pedreiro Almerindo Porto Lopes, conhecido como Nélio, informou ter sido uma das pessoas que carregaram o caixão do professor até o cemitério e indicou uma área como provável local de sepultamento, sem determinar uma cova específica. O mesmo local foi apontado por outras testemunhas. A Comissão investiga o motivo das buscas feitas a João Leonardo na época da morte, que estava na clandestinidade e portava documentos que o identificava como José Eduardo da Costa Lourenço e se a PM sabia de sua real identidade. Ele foi acusado pela polícia de ser caçador e pistoleiro envolvido em conflitos agrários na região, mas, de acordo com apuração feita pela família, um político local levantava a vida do Zé Careca, como era conhecido durante a clandestinidade, quando viveu entre os sertões de Pernambuco e Bahia.