Nazaré: Prefeito é acusado de improbidade administrativa, contratos fraudulentos e nepotismo
Por Alexandre Galvão
Em uma terceira denúncia, o prefeito é acusado de ter locado bens que, segundo o TCM, seriam “desnecessários”, no valor de R$ 4 milhões. Os contratos teriam sido fechados para “beneficiar correligionários e desviar recursos”. O tribunal disse entender que “a quantidade de bens próprios do município são suficientes ao atendimento de suas atividades”. Uma das falhas encontradas pelo MP na administração dá conta da contratação de cerca de 838 servidores temporários nos anos de 2012 e 2013 de forma ilegal. “As contratações foram feitas todas em setor de administração, sem qualquer critério objetivo, sem qualquer processo seletivo, ainda que simplificado”, argumentou a relatora do processo, promotora Thelma Oliveira. Como penalidade, o órgão pediu a cassação dos direitos políticos de Almeida por um período de três a cinco anos e o pagamento de multa de até 100 vezes do salário recebido como prefeito. A prática de nepotismo, abolida em 2010 pelo governo federal, segundo Júnior Figueiredo, ainda é comum no município. Segundo ele, constam na folha de pagamento da prefeitura uma irmã (Patrícia Rocha de Almeida), um filho (Marco Túlio Silveira de Almeida) e uma sobrinha (Aildes Georgina Fernandes de Almeida). Além de Eude Brito, secretária da cidade, Miltinho nomeou também para o seu primeiro escalão outra irmã, Ana Luiza de Almeida Caldas, na pasta de Educação. Na avaliação do denunciante, tantas denúncias de irregularidades são justificadas por um único fator: “a falta de vontade política do prefeito”. As acusações são apuradas pelos órgãos competentes.