Movimento LGBT pede 'dignidade' para Caso Itamar

Representantes do movimento LGBT da Bahia, da Polícia Militar e da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) se reuniram, na tarde desta sexta-feira (26), com o superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos, Ailton Ferreira, e com a coordenadora do núcleo LGBT da Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Paulete Furação. Além de tratar das atividades da próxima terça (30), data de lançamento do projeto “Maio da Diversidade LGBT”, os participantes discutiram o caso do estudante da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Itamar Ferreira Souza, de 25 anos, encontrado morto no último dia 13 de abril, na Praça do Campo Grande, no centro de Salvador. Na reunião, os colaboradores debateram a maneira como os veículos de comunicação e outras instituições trataram o caso do assassinato do universitário. “Não se pode elucidar um caso como esse baseando-se apenas na fala dos acusados”, disse a advogada Anhamona Brito. Segundo a jurista houve um “massacre público de um cidadão, que não levou somente a sua dignidade, mas também a dos seus familiares, amigos e da comunidade LGBT". Cobrado pela falta de policiamento no local do crime, o representante da SSP, tenente-coronel Ramalho Neto, afirmou que a elucidação do caso foi rápida, mas existem alguns problemas que a polícia não pode resolver. “A Guarda Municipal é responsável por zelar pelo patrimônio. As polícias só atuam em situações mais sérias”, afirmou, reiterando a disponibilidade da pasta em encontrar, em parceria com o movimento, soluções para conter a violência contra o público LGBT na capital baiana. O projeto “Maio da Diversidade LGBT” será lançado às 10hs, no auditório da SJCDH.  No próximo dia 8 de maio, data em que seria comemorado o aniversário de Itamar, a Praça do Campo Grande será palco de uma manifestação pacífica contra a homofobia.