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Professores protestam contra programa Alfa e Beto enquanto prefeito assina decreto

Por Francis Juliano

Professores protestam contra programa Alfa e Beto enquanto prefeito assina decreto
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias
Enquanto o prefeito assinava, nesta quinta-feira (7), o decreto que lançava a “Operação Alfabetiza Salvador”, que entra em vigor nesta sexta (8), educadores da rede pública de ensino protestavam contra o programa Alfa e Beto, adotado pelo Município. A professora Marilene Betros, diretora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB), voltou a criticar o projeto que, segundo a docente, vai de encontro ao que os docentes estabeleceram. “Nós já tínhamos escolhido outro livro e mesmo assim eles romperam o pacto. Este que eles aprovaram vai na perspectiva da imitação, além de não trabalhar a autonomia dos alunos”, comentou. O professor Hamilton Assis, também presente na manifestação, rebateu a afirmação do secretário da Educação da prefeitura, João Carlos Bacelar, de que o método é bem avaliado em várias cidades do Nordeste. “O que projetos como esse têm em comum é que eles são implantados em cidades onde o DEM ou os aliados do DEM governam, portanto, bem diferente do que é apresentado”, criticou. O ex-candidato a prefeito de Salvador também desqualificou pontos do material didático que, segundo ele, tem componentes “racistas, sexistas e eurocêntricos”. Assis comentou ainda que a “imposição” do Alfa e Beto faria parte de um acordo entre o prefeito e o partido do secretário da Educação, o PTN, nas eleições do ano passado. Durante as manifestações, duas professoras que saiam da prefeitura e estavam no ato de assinatura do programa foram vaiadas.

Segundo Elza Melo, também da diretoria da APLB, o uso facultativo do programa, do 1° ao 3° ano do ensino fundamental, foi uma conquista do movimento. “Eles só flexibilizaram o programa depois de nossas manifestações”, afirmou. A docente lamentou também a substituição do material escolhido anteriormente ao Alfa e Beto e o dinheiro gasto com o programa. “Com esses R$ 12,3 milhões poderia se fazer reformas em escolas e melhorar o salário dos professores”, analisou. Na manhã da mesma quinta, os professores que participaram do protesto entregaram os kits do programa, agora oficial.