MP declara que mulher que chamou promotora de ‘sacaninha’ realizava ‘boca de urna’
Por Luís Filipe Veloso
Foto: Reprodução / O Tempo Jornalismo
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) encaminhou nota ao Bahia Notícias na tarde desta sexta-feira (9) para justificar a prisão de Elizana Santos da Silva, acusada de desacatar a promotora Catarine Rodrigues no último domingo (4) ao chama-la de “sacaninha”. Segundo o MP, a situação ocorreu durante a fiscalização das eleições para conselheiros tutelares em Camacan, no Litoral Sul, quando a acusada teria sido abordada realizando ‘boca de urna’ para um dos candidatos, o que é proibido por lei. Ela foi advertida quando distribuía santinhos mas resolveu insistir na prática ilegal. De acordo com o texto, “Após realizar a fiscalização das eleições em outros municípios, a promotora voltou ao colégio, quando tropeçou e foi ofendida por Elizana da Silva, que em desobediência permanecia no local. A autoridade policial a convidou a se dirigir à delegacia, mas a mesma resistiu”. Ela foi autuada em flagrante pelo delegado Francesco Santana que “determinou o seu recolhimento à prisão por infração aos artigos 147 (ameaça), 329 (resistência), 330 (desobediência) e 331 (desacato) do Código Penal e arbitrou fiança”. Ela foi solta nesta quinta (8) após pagar fiança superior a R$ 2,3 mil. O MP “manifestou-se favoravelmente pela liberdade provisória da flagranteada e o pedido foi acolhido pela juíza da comarca no dia seguinte”.