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Conde: Sessão da Câmara termina em confusão; polícia intervém

Por Bruna Castelo Branco

Conde: Sessão da Câmara termina em confusão; polícia intervém
Foto: Joacy Rosa / Divulgação
Uma confusão na Câmara de Vereadores do município de Conde, na sessão da última sexta-feira (10), precisou de intervenção da polícia para ser controlada. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) e os vereadores se desentenderam devido novo Projeto de Lei (PL) “Microplanejamento Escolar” para a educação apresentado pela Câmara, contrário aos interesses dos professores. De acordo com o presidente da APLB local, Joacy Rosa, o projeto está sendo realizado de maneira arbitrária e vai trazer problemas para a rede de ensino do município. “O projeto mexe totalmente na rede de ensino de Conde. Isso dá margens para remanejar professores, ou seja: remover de determinada unidade e deslocar para algum povoado”, explica e continua: “muitas escolas do município ficam em prédios alugados. A prefeitura quer deixar esses prédios, devolver aos proprietários, e teremos menos salas de aula, classes superlotadas e um maior número de professores excedentes”.
 

 
De acordo com o presidente sindical, a Câmara apresentou essa proposta com o argumento de que a prefeitura está sem recursos para manter o sistema de educação como estava anteriormente. “Eles disseram que essa medida era para redução de custos, e que o município está com custos muito altos”, conta Rosa. Em seguida, segundo ele, os sindicalistas solicitaram que a Câmara expusesse as contas do município e, nesse momento, o problema entre os professores e os vereadores se agravou. Rosa afirmou que a maioria dos vereadores não aceitou a presença do sindicato na sessão. “Gritaram, chamaram a polícia, e queriam expulsar os professores da Câmara. Disseram que nós, educadores, iríamos agredi-los” relata. Ainda segundo o sindicalista, um segurança armado de um vereador projetou-se contra os professores e, posteriormente, foi levado pela polícia. “Houve tumulto, agressão. Um vereador estava com seguranças - ou capangas – armados, que chegaram também agredindo”, conta. Diante do acontecido, a sessão foi suspensa. Com o receio de que a sessão voltasse de repente e aprovasse o projeto, o sindicato permaneceu no local até às 00:20, quando, enfim, a sessão foi encerrada oficialmente. Dessa maneira, a votação foi adiada. A reportagem do Bahia Notícias entrou em contato com a prefeitura de Conde e com a Câmara, porém não houve resposta sobre o caso.
 
 
Ainda de acordo com o sindicalista, não foi permitido que os professores tirassem fotos, falassem entre si ou segurassem cartazes. Segundo Joacy Rosa, o sindicato entrou em contato com a Câmara diversas vezes, mas não houve diálogo. “Eles saíam, diziam que não tinham tempo, estavam viajando, tudo com o objetivo de não se responsabilizar com esse projeto, queriam tirar o problema das costas”, opina. O sindicato ainda não tomou uma decisão em relação aos próximos passos que serão tomados. Na tarde do último domingo (12), professores fizeram uma passeata no município em protesto ao ocorrido na sessão. Segundo Rosa, caso a questão não seja resolvida de maneira benéfica para os dois lados, há a possibilidade de greve da categoria no segundo semestre deste ano. E termina: “a educação na cidade está um caos”.