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Professora da Uesc vítima de abuso sexual em viagem de ônibus cobra ações do Estado

Por Francis Juliano

Professora da Uesc vítima de abuso sexual em viagem de ônibus cobra ações do Estado
Foto: Reprodução / Facebook
O caso de violência sexual contra a professora da Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), em Itabuna, Luana Rosário, ocorrido no início do mês, dentro de um ônibus, deve motivar uma audiência pública para discutir a questão. O fato ocorreu na madrugada do dia 9 de março, quando a docente viajava para Itabuna em um veículo da empresa Águia Branca. Depois de sofrer a agressão por volta das 3h da madrugada, Luana Rosário só conseguiu registrar a ocorrência em Itabuna horas depois. Na página que tem no Facebook, ela relatou a via crucis para tentar fazer valer a denúncia. Segundo ela, mesmo com a sensibilidade do motorista, ficou nítido o despreparo da empresa e das Polícias (Rodoviária Federal, Militar e Civil da Bahia) para lidar com o assunto. "Eles minimizaram completamente o caso em uma demonstração de despreparo para lidar com a violência contra a mulher", declarou Luana em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com a docente, que leciona Direito Constitucional na Uesc, casos de violência sexual em viagens de ônibus é mais corriqueiro do que se imagina. "Em todos os espaços que tenho falado sobre o caso, várias mulheres informaram que já passaram por isso, inclusive alunas minhas", afirma. Luana diz que muitas mulheres evitam a denúncia pela "vulnerabilidade" e pelo medo da exposição. Nesta quarta-feira (25), a professora protocolou pedido junto com a advogada Nélia Cerqueira (da OAB-Ba de Itabuna) para que o promotor do MP-BA da cidade, Alan Góes, instaure uma audiência pública. O objetivo é cobrar ações da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado para deter os crimes. "Essa audiência gera um documento jurídico de políticas públicas para mudar essa realidade lamentável em todas as esferas, o que passa por treinamento de policiais e funcionários das empresas", argumenta. A docente diz que recebe apoios de instituições como a OAB-BA de Itabuna, Movimento Mulheres em Luta, Uesc e Marcha das Vadias, entre outros grupos da sociedade civil.