Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Justiça proíbe peça que encena Jesus como mulher transgênero por 'agressão' e 'ofensa'

Justiça proíbe peça que encena Jesus como mulher transgênero por 'agressão' e 'ofensa'
Foto: Divulgação

Uma peça de teatro foi proibida pela Justiça de ser apresentada por retratar Jesus Cristo como uma mulher transgênero nos dias atuais. A peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”, seria encenada no Sesc em Jundiaí, em São Paulo, na sexta-feira (15). O juiz Luiz Antonio de Campos Júnior, da 1ª Vara Cível de Jundiaí, figuras religiosas e sagradas não podem ser "expostas ao ridículo". A ação contra o Sesc foi promovida pela advogada Virgínia Bossonaro Rampin Paiva, a peça afeta a dignidade cristã, expondo ao ridículo símbolos como a cruz e a religiosidade que ela representa. O espetáculo foi adaptado da dramaturga inglesa Jo Clifford, e se propõe e recontar passagens bíblicas sob uma perspectiva contemporânea e promover a reflexão sobre a opressão e intolerância sofridas por transgêneros e minorias em geral, destacando que a mensagem cristã é de amor, perdão e aceitação. De acordo com o Conjur, o Sesc vai recorrer da decisão para garantir a exibição da peça. O juiz considerou que a peça é de “mau gosto” e que a decisão vai impedir um ato que "maculará o sentimento do cidadão comum” e pontua que “liberdade de expressão” não pode ser confundida com "agressão e falta de respeito". "Não se pode admitir a exibição de uma peça com um baixíssimo nível intelectual que chega até mesmo a invadir a existência do senso comum, que deve sempre permear por toda a sociedade", escreveu. O grupo, em sua página no Facebook, afirma que o juiz atendeu a um pedido que vinha sendo articulado “por congregações religiosas, políticos e pelo TFP (Tradição, Família e Propriedade)” e que uma prova da importância da peça é o fato do Brasil ser o país que “mais assassina travestis e transexuais no mundo”. “Abençoada sejas se abusam de você ou te perseguem. Isso significa que você está trazendo a mudança. E abençoados sejam aqueles que te perseguem também. O ódio é o único talento que têm, e não vale nada”, declararam os artistas.