TJ-BA deve criar plano para redistribuir servidores de 1º e 2º grau até janeiro
Por Cláudia Cardozo
Foto: TJ-BA
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) deverá apresentar até o dia 18 de janeiro um plano de ação para cumprir a Resolução 219, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece a distribuição de servidores no primeiro e segundo grau de jurisdição. A resolução entrará em vigor no dia 1º de julho do próximo ano. O diretor de planejamento do CNJ, Erick Andrade, ficará dois meses na Bahia para subsidiar a criação do plano de ação e sanar dúvidas dos desembargadores. Na manhã desta sexta-feira (16), antes do início da sessão plenária administrativa, o diretor fez uma explanação para os desembargadores sobre a resolução e tirou dúvidas dos membros da Corte baiana sobre a distribuição de servidores. Segundo Andrade, a resolução vai equilibrar, dentro do possível, a distribuição de servidores entre primeiro grau, segundo grau e área administrativa, atualmente chamada de apoio indireto. Durante sua fala, Erick Andrade afirmou que a distribuição terá como regra não o número de cargos, mas a distribuição de valores gastos com cargos comissionados, pois cada tribunal tem uma realidade orçamentária diferente. A resolução prevê que cada tribunal destine até 30% dos servidores para atuarem na área administrativa. Atualmente, o número de servidores em áreas administrativas, de acordo com o diretor de planejamento, não chega a 30%, mas, mesmo assim, o tribunal pode racionalizar e melhorar o serviço e colocar mais servidores para atuarem na área judicial – de prestação direta de serviço ao cidadão. O diretor veio à Bahia por ordem da presidente do CNJ, ministra Cármen Lúcia. Cada tribunal vai discutir internamente como será a distribuição de servidores na segunda instância, e é justamente essa questão que preocupam os desembargadores baianos. No plano de ação que deverá ser apresentado até o dia 18 de janeiro tem que constar todas as etapas para atender a norma, como mudanças em leis. No total, o diretor estima que serão 18 pontos que o TJ-BA deverá observar. O CNJ já abriu processos administrativos para acompanhar se os tribunais estão cumprindo aquilo que se dispuseram a fazer. Atualmente, o TJ-BA está na fase de diagnóstico e estudo para estabelecer qual aporte será feito em cada área, como gastos em funções de confiança e comissão nas áreas judiciais, administrativas e híbridas. Normas internas do TJ deverão ser modificadas para regulamentar a remoção e movimentação de servidores entre entrâncias e instâncias.
Erick Andrade | Foto: TJ-PA