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‘Confiança não se licita’, diz Luiz Viana sobre contratação de advogados por entes públicos

Por Cláudia Cardozo

‘Confiança não se licita’, diz Luiz Viana sobre contratação de advogados por entes públicos
Foto: Angelino de Jesus/ OAB-BA
Apesar de não conhecer o conteúdo do contrato, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), Luiz Viana, considerou como acertada a posição do Ministério Público da Bahia (MP-BA) de arquivar uma representação contra o presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), deputado Marcelo Nilo (PDT) (clique aqui e saiba mais). “Isso demonstra que a OAB sempre esteve certa ao defender que não é possível licitar a contratação da advocacia, seja porque a confiança, que é um elemento intrínseco ao contrato de advocacia, não pode ser licitado, seja porque, na hipótese de contratação direta, é possível a inexigibilidade da licitação, tendo em vista o notório saber e singularidade do objeto. Nesses casos, não há porque licitar”, afirma. Viana frisa que “confiança não se licita”. “Essa discussão está posta no Brasil inteiro e a OAB tem defendido que, analisando caso a caso, é possível sim, a contratação de advogado pela Administração Pública mediante inexigibilidade de licitação. Na Bahia, diversos municípios são alvos de representações no Ministério Público por contratarem escritórios de advocacia sem licitação, e não possuem Procuradorias Municipais. Viana afirma que a posição da Ordem, seguindo as regras constitucionais, é de apoiar que cada município tenha sua Procuradoria devidamente estruturada. “Nós apoiamos a estruturação de Procuradoria em todos os municípios, mas isso não elimina a possibilidade, e, até as vezes, a necessidade de contratar advogados diretamente”, diz Viana. O presidente da OAB ressalta que o MP é uma instituição “indispensável ao Brasil”, com grande responsabilidade, e que, portanto, sua atuação é bem-vinda, mas diz que, o que acontece são “abusos de alguns promotores, e em outros casos, falta de compreensão jurídica da adequação constitucional”. Viana destaca que a instituição já conversou com o Parquet baiano sobre o assunto, em uma discussão de alto nível, sobre os limites e possibilidades das contratações. “A discussão institucional da OAB com o MP diz respeito a essas regras legais e constitucionais. O que temos defendido, que é possível sim, em nome do interesse público, a contratação direta de advogados”, finaliza.