Lewandowski nega habeas corpus a ex-advogado de Cerveró

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido de habeas corpus a Edson Ribeiro, advogado preso por tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato. "Verifico não haver fundamentos suficientes para afastar as razões de indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva do ora paciente, nos autos da Ação Cautelar (AC) 4036, cumprindo-se salientar que o plantão de recesso forense não oferece oportunidade de reapreciação de pedidos já examinados e indeferidos pelo juiz natural, diante do que dispõe o artigo 13, VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", escreveu Lewandowski na decisão. A defesa de Ribeiro, representada pelo advogado Marcos Crissiuma, havia questionado decisão do ministro Teori Zavascki, relator dos casos da Lava Jato no STF, que já tinha negado a soltura de Edson. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a defesa argumentou que Ribeiro já se afastou temporariamente da advocacia e que a delação de Cerveró já foi assinada. Edson Ribeiro foi preso em 27 de novembro, por causa de um pedido da Procuradoria Geral da República ao Supremo, sob o argumento de que Ribeiro, que advogou para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, participava de um esquema junto ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também preso, para manipular a delação de Cerveró.