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Prova do Enem é aplicada para adolescentes de casas socieducativas em Salvador

Prova do Enem é aplicada para adolescentes de casas socieducativas em Salvador
Foto: DP-BA
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado para os adolescentes privados de liberdade em Salvador, nesta terça-feira (1º). A Defensoria Pública da Bahia deu apoio na aplicação da prova para nove adolescentes custodiados na Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) Salvador. No total, a prova será aplicada para 58 socioeducandos das Cases de Salvador, Feminina, CIA, Camaçari e Feira de Santana, além de unidades prisionais do estado. De acordo com o defensor público Antônio Cavalcanti, da Especializada em Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente, a aplicação da prova no Enem nas casas é “um grande projeto de inclusão social / educacional, uma vez que a natureza jurídica da medida socioeducativa de internação tem seu viés eminentemente pedagógico". O defensor visitou os alojamentos e conversou com alguns adolescentes antes do início da prova, marcado para acontecer às 12h. As provas ainda serão aplicadas nesta quarta-feira (2). O tempo de duração da prova é o mesmo como no exame regular. O caderno de provas, no entanto, não possui as mesmas questões aplicadas durante a realização do exame desse ano, em outubro, para garantir a idoneidade de processo. O gestor da Case Salvador, João Ferreira, afirma que o Enem para esse público “representa não só a garantia de direitos, mas a possibilidade de construção de habilidades e competências para as exigências da sociedade". Além da Case Salvador, quatro adolescentes da Case Feminina também se inscreveram para realizarem o exame. A prova ainda garante a certificação no Ensino Médio para oas adolescentes que obtiverem nota equivalente a 100 nas diferentes disciplinas e redação, além de significar a possibilidade de ingresso no ensino superior a partir do cadastramento no Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação, o SISU. Assim como qualquer adolescente, os socioeducandos podem ganhar bolsas de estudos em faculdades particulares. E assim como qualquer jovem, dependendo do seu resultado, ele também pode disputar vagas em universidades públicas que utilizam o Enem como porta de ingresso. "Basta que eles queiram, que tenham vontade. Vi e vivi a expectativa deles para a prova, e acredito que possuam capacidade de serem aprovados", pontuou Adriana Gomes, coordenadora pedagógica da unidade. A Defensoria, antes da prova, preparou os inscritos com um aulão, com aulas ministradas por professores de colégios particulares.