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Presidente do Sinpojud afirma que sindicato 'colecionava' irregularidades de Eserval Rocha

Por Luiz Fernando Teixeira/ Cláudia Cardozo

Presidente do Sinpojud afirma que sindicato 'colecionava' irregularidades de Eserval Rocha
Foto: Divulgação
A presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia (Sinpojud), Maria José, mais conhecida como Zezé, afirmou ao Bahia Notícias que a entidade já “colecionava” as irregularidades cometidas pelo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha, há um tempo. Segundo Zezé, a entidade buscou conversar com o desembargador e ele nunca abriu o diálogo com as instituições sindicais e associações. “A gente queria conversar sobre os desmandos que estavam acontecendo, se ele, enquanto presidente tinha conhecimento, mas ele não recebia. E nós entendemos que ele tinha conhecimento sim e estava de comum acordo”, afirma Zezé. Segundo ela, o sindicato catalogou todos os documentos que detinham, inclusive, alguns foram recebidos de forma anônima. A petição, com 50 páginas que foi apresentada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), levou 40 dias para ser elaborada, e conta com quase 600 páginas de documentos em anexo. A denúncia ainda será encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), à Controladoria Geral da União e à Procuradoria Geral da República. Zezé ainda promete levar o caso para os líderes da oposição e do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, e ao seu respectivo presidente, deputado Marcelo Nilo (sem partido), ao procurador de Justiça da Bahia, Márcio Fahel e por fim, ao governador Rui Costa para que providências sejam adotadas contra Eserval Rocha, acusado de improbidade administrativa. Se a denúncia for aceita pelo CNJ, Eserval pode ser afastado para ser investigado pela Corregedoria Nacional de Justiça. A expectativa de Maria José é que o processo entre na pauta do CNJ nos próximos dias. Para ela, são graves as acusações da pedalada fiscal, de irregularidades nos contratos, alguns feitos sem licitação, e o risco de estourar o limite prudencial previsto na Lei da Responsabilidade Fiscal por realizar concurso público para 200 servidores sem previsão orçamentária e criar a Câmara do Oeste, com cargos de assessores comissionados. “Eserval não poderia fazer esse concurso. Não que a gente seja contra, mas ele não poderia fazer. Ele extrapolou o limite prudencial com pagamento de férias dos magistrados”, avalia. Zezé ainda salienta que um julgamento na Câmara do Oeste custa R$ 9 mil para o tribunal. “Ele vem fazendo uma pedalada atrás da outra. Depois, vai para imprensa, ameaça a gente, diz que não tem dinheiro para pagar salários. Faz a farra do boi e promove um concurso público para médico, sendo que o Centro Médico do tribunal está fechado. A gente tinha um centro médico que funcionava bem e ele mandou fechar. Além do mais, fez concurso para engenheiro mecânico no tribunal. Para que se quer engenheiro mecânico lá?”, questiona Zezé. A presidente do Sinpojud ainda diz que o tribunal “não pode pagar pelos erros de seus representantes a cada gestão”. Ela defende que, caso não haja um desembargador ou desembargadora que o conduza com lisura, que seja feita um intervenção na gestão do TJ-BA. Zezé ainda diz que toda a diretoria nomeada por Eserval tem conhecimento das irregularidades.