Em 'desabafo', conselheira da OAB critica instalação do PJE em vara: 'à revelia da lei'
Por Cláudia Cardozo
Foto: Ampeb
A instalação do Processo Judicial Eletrônico (PJE) na 13ª Vara da Fazenda Pública Municipal, em Salvador, pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi criticada pela advogada Tamiride Monteiro. A advogada, que preside a Comissão de Informática da OAB, afirmou em seu perfil no Facebook que, “desde a festa de ‘inauguração’ da primeira vara do PJE, apenas um processo tramita na unidade, pois os sistemas judiciais eletrônicos que operam atualmente na Bahia “não se comunicam”. Segundo a conselheira, a implantação do PJE na unidade fere o princípio do juiz natural, e que, no momento, o magistrado titular da 13ª Vara da Fazenda Pública, Benedito dos Anjos, por estar sem processos para movimentar, “ajuda os colegas de outras varas”. No seminário “Problemas e Soluções para o Judiciário baiano”, a conselheira palestrou sobre o sistema, que ainda é novo no âmbito da Justiça estadual. O PJE já funciona há dois anos na Justiça do Trabalho, e, apesar de receber elogios, por vezes, é criticado por falhas e problemas na atualização. No evento, a conselheira afirmou que o PJE foi instalado na 13ª Vara “à revelia da lei”, que prevê a implantação da unidade em noventa dias, e que nesse período, a vara deve ser implantada, equipada e informatizada. Tamiride afirma que no período que antecedeu a inauguração da unidade com o PJE, a OAB não oficiada sobre a instalação.
13ª Vara da Fazenda Pública vazia | Foto: Tamiride Monteiro