Eserval Rocha é acusado de abuso de poder por empresária abordada por policiais em reunião
Foto: Angelino de Jesus
O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha, foi acusado de abuso de poder pela dona da empresa Metrópole, que realizou o concurso para estagiários do TJ, no último mês de agosto e que foi cancelado, por falta de salas em um dos locais da aplicação da prova. A seleção era para provimento de 1300 vagas de estágio em nível médio e superior, e oito mil pessoas se inscreveram no certame. A empresária Fábia Braga, de acordo com o G1 Bahia, afirma que se reuniu com servidores do TJ, em Salvador, um dia depois da prova, para assumir as falhas e marcar uma nova data para as provas, e que, no meio da reunião, foi abordada por policiais armados e que foi levada por uma viatura para a delegacia. Lá, segundo ela, foi interrogada pela delegada Francineide Moura, da unidade de furtos e roubos. “Ela me perguntou, que crime que eu tinha cometido. Porque ela tinha uma ordem de me dar uma prisão em flagrante. Eu falei para ela que não tinha cometido crime algum e que eu não sabia o porquê que eu estava lá", conta Fábia. A empresária diz que entrou com uma representação no Ministério Público contra os servidores que participaram da reunião e contra o tribunal, por coação, abuso de poder e agressão psicológica. Após o interrogatório, ela foi liberada e voltou para Brasília, onde está a sede da empresa. A delegada confirma que tomou depoimento da mulher. O concurso será novamente realizado no dia 28 deste mês, através da empresa Consultec, segunda empresa colocada na licitação.