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Pedido de extradição de Pizzolato deverá ser julgado em outubro na Itália

Pedido de extradição de Pizzolato deverá ser julgado em outubro na Itália
Foto: Reprodução
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (18) que a Justiça italiana marcou para o dia 28 de outubro o julgamento do pedido de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão do PT. O governo brasileiro pede que ele seja extraditado para que cumpra a pena de 12 anos e 7 meses de prisão no Brasil. O Ministério Público da Itália também é a favor da extradição. Pizzolato, que também tem cidadania italiana, fugiu do Brasil para não ser preso, mas acabou sendo capturado em Maranello, na Itália, por uso de documento falso em fevereiro deste ano. A sessão que seria destinada a julgar o pedido de extradição teve início em 5 de junho, na Corte de Bolonha, mas, conforme Janot, as juízas responsáveis pelo caso concederam prazo para que a defesa de Pizzolato analisasse documentos apresentados pelo Ministério Público sobre as condições dos presídios no Brasil. “A Justiça italiana havia remarcado o julgamento para 8 de julho. A própria defesa de Pizzolato pediu mais tempo e a sessão foi remarcada para 28 de outubro. Haverá o julgamento e, após a decisão, haverá ainda a decisão política do ministro da Justiça da Itália, para decidir se vai ou não proceder à extradição”, relatou o procurador-geral. De acordo com Janot, o Brasil apresentou à Justiça italiana documentos que comprovam que o presídio da Papuda, no Distrito Federal, e as penitenciárias de Santa Catarina, onde o Pizzolato tem domicílio, têm condições de abrigar o ex-diretor do Banco do Brasil em condições que “respeitam os direitos humanos”. A situação dos presídios no Brasil foi um dos argumentos apresentados pela defesa de Pizzolato para que o italiano não seja extraditado. “Uma das linhas de defesa era dizer que os presídios brasileiros não têm condições de receber o preso. Como o réu também tem direito de cumprir pena em presídios próximos ao domicílio, pedi que indicassem dois presídios em Santa Catarina. Fizemos relatório sobre esses dois presídios para demonstrar que, no cumprimento da pena, não havia ofensa aos direitos humanos”, disse o procurador. Enquanto corre o processo de extradição, Pizzolato segue detido no presídio Sant’Anna di Modena.