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Caso José Pereira: Em vídeos, vizinhos afirmam inocência de guarda condenado por homicídio

Por Cláudia Cardozo

Caso José Pereira: Em vídeos, vizinhos afirmam inocência de guarda condenado por homicídio
Guarda foi condenado a 24 anos de prisão | Foto: Bahia Notícias
Os vizinhos do guarda municipal de Lauro de Freitas, José Pereira, condenado a 24 anos de prisão por estupro e homicídio de uma adolescente de 16 anos, em Vila de Abrantes, em 2011, testemunham em vídeos pela inocência da guarda municipal. José Pereira e família moram no Curuzu, no bairro da Liberdade. De acordo com a vizinha de José Pereira, Taiane Oliveira, ela estava com ele no dia 28 de junho de 2011, dia em que a adolescente Adriane Melo de Jesus foi morta. “Eu estava com ele, junto com a comunidade, e gostaria de dizer que ele é inocente. No primeiro depoimento que teve, a gente estava presente, demos o depoimento e na segunda fase eles não chamaram a gente. Ele merece uma segunda oportunidade”, declara. Para Taiane, é impossível que José Pereira tenha cometido o delito. “Como é que uma pessoa, que estava aqui, na rua, na comunidade, com a gente, poderia estar lá em Vila de Abrantes” questiona.

Outra vizinha de José Pereira, Regina Maia, também testifica que ele estava na comunidade no dia do crime. “No dia 28 de junho, ele estava na comunidade, inclusive, na minha casa, festejando a festa do São Pedro. De 11h30 da manhã até as 9h30 da noite. Não tinha como, minha gente, José Pereira sair da minha casa e ir para Vila de Abrantes. Não tinha como. Eu gostaria de pedir outra oportunidade para ele, para ele provar que é inocente”, afirma. Carlos Roberto, também morador do Curuzu, e vizinho do guarda municipal, no dia 28 de junho, eles estavam juntos. “No dia 28, que ocorreu o problema, eu estava com José Pereira. Eu trabalhei na noite anterior. No dia seguinte eu cheguei, a esposa dele me chamou para ir a casa dele. Eu fui, nós bebemos o dia todo lá. Eu, Regina, Taiane, Iralva, José Pereira. No finalzinho da tarde, nós fomos para casa de Regina, nós bebemos lá. No finalzinho da noite, nós subimos, eu, José Pereira, Iralva, a menina dele, que era pequeninha. Nós fomos ver a queima da fogueira. No horário que ocorreu o problema lá, as 21h, nós estávamos aqui em cima, na Vila Operária, olhando a fogueira queimar. Bebemos o dia todo. Ela estava bêbada, ele estava bêbado, porque naquele tempo eles bebiam. Vou falar a verdade. Estavam todos os dois bebendo, estavam todos os dois bêbados”, conta.

O vizinho ainda diz que José Pereira tinha carro, mas que não dirigia. “O carro ficava o tempo todo aí, parado. Malmente quem pegava o carro era o afilhado dele. E, no dia, o carro ficou o tempo todo parado aí. Tanto que pegaram o carro, levaram para lá, fizeram vistoria no carro todo e não deu em nada”, destaca. “Porque o rapaz está respondendo até hoje preso, sendo que é inocente? Que Justiça é essa? Não provou nada que foi o cara, e continua preso”, indigna-se. Os vizinhos foram arrolados como testemunhas de José Pereira, mas não eles foram ouvidos no dia do julgamento que o levou a condenação. Os vídeos integram uma campanha realizada nas redes sociais para sensibilizar a sociedade e os magistrados  do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) da inocência do guarda, e para pedir um novo júri.