Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Justiça

Notícia

Justiça da Argentina começa a julgar acusados pelas mortes em protestos de 2001

Justiça da Argentina começa a julgar acusados pelas mortes em protestos de 2001
Ex-presidente Fernando De La Rua é um dos acusados
A Justiça da Argentina começou a julgar nesta segunda-feira (24) as pessoas consideradas responsáveis pela violência que tomou conta do país em dezembro de 2001. No período, a Argentina vivenciou uma crise profunda, e em dois dias de manifestações, 38 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas. Os protestos resultaram na renúncia do então presidente Fernando de La Rua. No total, 17 pessoas serão julgadas, sobre cinco casos, 12 anos depois. O secretário de Direitos Humanos da Argentina, Juan Martin Fresneda, lamentou a morte de tantos jovens nos protestos de 2001. Algumas vítimas tinham 13,15 e 16 anos. O secretário também lamentou a demora no julgamento, mas considera que, apesar do tempo, a Argentina tem dado um exemplo para outros países. “As sociedades sempre pagam um preço alto por mortes, especialmente se ocorrem em manifestações sociais”, disse Fresneda. Para ele, “é muito importante que, na Venezuela e na Ucrânia, a Justiça atue rapidamente, para poder ajudar a resolver os conflitos, seja com comissões da memória, seja com a ação de uma Justiça comprometida, responsável e eficiente”, disse ele. Os protestos de dezembro de 2001 foram contra a decisão do governo de confiscar os depósitos bancários dos cidadãos, nas véspera do Natal de 2001, para pagar dívida externa. Houve saques a supermercados e protestos contra a recessão e desemprego. No dia 19 de dezembro, foi decretado Estado de Sítio, mas uma multidão saiu às ruas com panelas na mão, para protestar na Praça de Maio, em frente ao palácio presidencial. As forças de segurança tentaram reprimir as manifestações com tiros. De La Rua foi considerado como responsável indireto pelas mortes. Ele foi absolvido em primeira e segunda instância, porém, através de uma apelação dos organismos de direitos humanos, o ex-presidente será julgado pela Suprema Corte argentina. Mais de 400 pessoas devem prestar depoimento e o julgamento deve durar dois anos.