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Justiça impede permanência de presos por mais de cinco dias em delegacias de Salvador

Justiça impede permanência de presos por mais de cinco dias em delegacias de Salvador
Complexo Policial dos Barris | Foto: Reprodução
A Justiça baiana, em caráter liminar, impediu 11 delegacias de Salvador de manter pessoas presas em suas carceragens por mais de cinco dias. A decisão da juíza Andremara dos Santos, da 2ª Vara de Execuções Penais, foi tomada a partir de um pedido feito pela Defensoria Pública da Bahia (DP-BA), quanto ao descumprimento de portarias expedidas no ano passado, que determinava a transferência de presos provisórios a outras unidades prisionais de Salvador. A liminar ainda determina que os delegados não poderão custodiar presos em número superior à capacidade da delegacia. As delegacias da 1ª, 4ª, 5ª, 10ª, 13ª e 28ª Delegacias Territoriais e Delegacias Especializadas em Tóxicos e Entorpecentes, de Furtos e Roubos, e de Furtos e Roubos de Veículos, de Proteção ao Turista e Polinter, terão 30 dias para transferir os custodiados para outras unidades prisionais, como o Presídio Salvador, Cadeia Pública, Centro de Observação Penal, Unidade Especial Disciplinar e Módulos III da PLB, todas localizadas no Complexo Prisional da Mata Escura. A Defensoria ja havia impetrado um pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça da Bahia, que foi indeferido.

De acordo com a Defensoria, as portarias que determinavam a interdição das 11 unidades não foram cumpridas. Após inspeções, a Defensoria constatou problemas como superlotação, falta de higiene e de áreas de banhos de sol em algumas delegacias. O órgão ainda aponta que há desvio de recursos humanos e orçamentários para manutenção das carceragens nas delegacias. A instituição diz que em vez de apurar infrações penais nas ruas, delegados e investigadores acabam atuando como carcereiros. A Corregedoria Geral de Justiça, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, o Conselho Penitenciário do Estado da Bahia, a Secretaria de Segurança Pública, bem como a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização também deverão ser notificados para que adotem as providências cabíveis.