Maranhão envia relatório sobre sistema carcerário e acusa CNJ de levantar 'inverdades'
Por Rebeca Menezes
O governo do Maranhão encaminhou, nesta segunda-feira (6), um relatório com informações sobre a situação do sistema carcerário do estado à Procuradoria-Geral da República (PGR). A depender das informações, o Ministério Público Federal (MPF) pode pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que haja interferência federal no estado. Em nota divulgada, o governo do estado informa que o documento “detalha todas as medidas tomadas nos últimos anos para dar solução aos problemas identificados no Sistema Prisional do Maranhão”, e traz informações sobre os investimentos realizados – que ultrapassam os R$ 131 milhões. A nota acusa ainda o juiz Douglas Martins, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de levantar “inverdades”, que teriam “o único objetivo de agravar ainda mais a situação nas unidades prisionais do Estado e numa clara tentativa de descredibilizar medidas que já haviam sido determinadas pelo Governo”. O texto afirma que um vídeo veiculado há mais de dois anos nos EUA, em que um homem aparece com uma perna esfolada, foi anexado em um relatório do CNJ como se fosse de uma vítima de torturas de Pedrinhas. Além disso, diz que a denúncia de que mulheres foram estupradas dentro do Complexo foi feita sem provas e que, diferente do que disse o juiz – que afirmou ter sido proibido de ter acesso a Pedrinhas “por líderes de facções” – ele foi, na verdade, aconselhado a voltar outro dia para que não constrangesse os familiares presentes no dia de visita. Também nesta segunda, foram presos seis suspeitos do ataque ao ônibus em São Luís (MA), que matou uma criança de seis anos.