Justiça do Trabalho suspende demissões de jornalistas da Editora Abril
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A Justiça do Trabalho suspendeu nesta sexta-feira (9) as 71 demissões de jornalistas anunciadas pela Editora Abril no dia 1º de agosto, já que os líderes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e os representantes da empresa não conseguiram chegar a um acordo. Caso descumpra a determinação a Abril pagará uma multa diária de R$ 50 mil. Segundo informações do SJSP, na audiência de conciliação realizada na última quarta-feira (7) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) os representantes da editora teriam apresentado uma proposta que privilegiava apenas os funcionários que eram de alto escalão como executivos e gerentes em detrimento dos que ocupavam cargos menores como repórteres, fotógrafos, diagramadores, entre outros. Os jornalistas dispensados e os representantes do sindicato elaboraram uma contra proposta que foi apresentada nesta sexta e incluía o cancelamento das demissões e abertura de um programa de demissões voluntárias, quatro salários a mais para todos os trabalhadores demitidos e não somente para executivos com mais de 10 anos de casa, como é a proposta da empresa, além de gratificações maiores por tempo de trabalho na casa, plano de saúde por um ano para todos os profissionais dispensados e estabilidade para os demais profissionais até o fim de 2013. Contudo, o grupo Abril não aceitou as exigências e afirmou que só irá pagar as verbas rescisórias nesta segunda-feira (12) caso o SJSP aceitasse as demissões. O Sindicato propôs então que fosse pago apenas o salário deste mês enquanto a negociação estiver em andamento, o que gerou um impasse. Outra assembleia será realizada nesta segunda no sindicato.