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Estado pede perdão a mais 16 ex-presos políticos

Estado pede perdão a mais 16 ex-presos políticos

Mais 16 ex-presos políticos receberam anistia nesta terça-feira (6), em Salvador, da 53ª Caravana da Anistia. A Comissão da Anistia do Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado na perseguição a militante e políticos durante a duas ditaduras militares que se instalaram no Brasil. O julgamento dos processos durou cerca de dez horas no auditório do Conselho Estadual de Cultura. Parentes, amigos e os próprios ex-presos e ex-perseguidos estiveram presentes na sessão.

No total, incluindo o comunista Carlos Marighella, foram 17 anistiados, sendo 16 baianos e o paulista Mário Barbate, 92 anos, ex-companheiro de cela de Marighella nos presídios de Fernando de Noronha (PE) e da Ilha Grande (RJ). Além do pedido de perdão, 15 requerentes receberam reparação econômica do Estado. Barbate, que só tem o primário, afirma com orgulho que foi formado pela universidade socialista da Ilha Grande, criada por Marighella nas prisões, onde ensinava matemática e geometria aos militantes presos. O ex-preso paulista recebeu indenização de R$ 100 mil, teto estabelecido, apesar de a sentença ajuizar uma indenização única de 300 salários mínimos, equivalentes a R$ 163,5 mil.

O barraqueiro de Itapuã, Juvenal Silva Souza, mais conhecido como Juvená, também foi anistiado. Juvená foi preso várias vezes. Ele levou dois tiros, sendo um no braço e no abdômen durante uma passeata estudantil de 1968, no Centro de Salvador, em protesto a invasão dos agentes do Dops ao Congresso da UNE, em Ibiúna (SP), que resultou na prisão de mil estudantes. O barraqueiro recebeu uma indenização de 600 salários mínimos, que representa a soma de R$ 327 mil, porém receberá o valor estipulado pelo teto da indenização de R$ 100 mil.