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Tourinho cita "entraves" com Secult-BA e reclama que prefeitura está sendo “escanteada” sobre G20 em Salvador

Por Thiago Teixeira

Tourinho cita "entraves" com Secult-BA e reclama que prefeitura está sendo “escanteada” sobre G20 em Salvador
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

“A parte ruim do negócio para mim tem sido lidar com essa dimensão política eleitoreira e isso afeta um pouco essas relações”. Essa foi a fala do secretário de Cultura (Secult) de Salvador, Pedro Tourinho, sobre a relação com o Secretário de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), Bruno Monteiro.

 

Durante o Carnaval, Bruno Monteiro, sugeriu que a prefeitura queria “pongar” no sucesso do Carnaval do Centro Histórico, afirmando que havia uma tentativa de “apropriação de algo que a Prefeitura não teve participação”. Durante entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (26), Tourinho, que já havia rebatido a declaração de Monteiro, afirmou não estar interessado na disputa política acerca do Centro Histórico, e que deseja seguir fazendo seu trabalho.

 

“Como assim se apropriar? Cada um tem o seu papel. Não tem esse negócio de apropriação. [...] Não estou interessado na disputa política pelo território do Centro Histórico. Queremos fazer a parte que nos cabe no Centro Histórico. Não quero dizer que o Centro Histórico é da cidade, do Estado ou Federal. O Centro Histórico pertence à população da cidade e cada um tem seu papel a fazer. Acho que, de alguma forma, essa dinâmica política atrapalhou um pouco essa possibilidade de alinhamento total nas ações”, afirmou Pedro Tourinho, destacando que houve diálogos com o Governo do Estado para elaborar o Carnaval, e que não entendeu o questionamento de Monteiro.

 

O secretário ainda pontuou a dificuldade em manter diálogos a nível federal, dando a entender que os entraves estaduais transbordaram para outra esfera, uma vez que a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, é alinhada com o governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Tourinho citou como exemplo o fato da prefeitura, de acordo com ele, está sendo escanteada nos diálogos sobre a reunião do G20 em Salvador.

 

“Vamos ter o G20 agora. O governo federal e estadual escantearam a prefeitura dessa conversa. A gente fica um pouco à mercê. Teve a visita técnica, mas ficamos escanteados da conversa. Por que eles estão fazendo isso? Não era melhor fazer isso [G20] juntos?”, questionou o secretário de cultura de Salvador. A capital baiana será uma das 13 cidades-sede que receberão reuniões temáticas grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. 

 

IPHAN

Ainda na esteiras das críticas acerca dos diálogos a nivel federal, o secretário de cultura de Salvador também destacou que existiam conversas com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para um programa de habitação no Centro Histórico, mas que acabou não indo à frente, sem motivo aparente. “Começamos o ano passado com uma ótima conversa com o Iphan para fazer uma programa de habitação, em conjunto, no Centro Histórico. Fomos os primeiros a levar esse projeto para eles. De repente parou e estamos seguindo com recurso próprio. Então você sente que tem algumas coisas”, disse o secretário.