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‘Falar de bunda é uma linguagem antiga’: Tony Salles minimiza criticas a músicas atuais

Por Júnior Moreira

‘Falar de bunda é uma linguagem antiga’: Tony Salles minimiza criticas a músicas atuais
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Há 4 anos no comando do Parangolé, Tony Salles já se sente seguro para dizer que a banda caminha com sua identidade. A cobrança por substituir Léo Santana, que, em suas palavras, “levou o grupo para outro nível”, é coisa do passado. “Naquele momento não podia deixar a banda se perder, mas não tinha como não imprimir a minha marca. Essa foi a parte chata, sabe? Foi difícil conquistar o meu espaço e agregar com minha história”, iniciou ao Bahia Notícias. Contando os dias para a folia momesca, o baiano celebrou estar com uma canção potente para disputar o título de “Música do Carnaval”. “Acho que essa escolha cabe ao público. Lançamos 'Bumbum Carente' recentemente, mas a força de 'Sarra Toma' é impressionante. A letra é fácil, com linguagem atual. Resultado: as pessoas estão pedindo cada vez mais. Acredito que ela chegue muito forte”. Apesar da empolgação, Tony revelou que essa “disputa” não é o foco do Parangolé. “A gente faz música para nosso público. Se ganhar é uma consequência, sabe? Se a faixa for bem ao longo do ano, respinga no Carnaval, que é a festa do nosso fechamento de ciclo. Se você passou o ano todo sem fazer grandes momentos, acho que não funciona querer isso só agora. Não consigo ver uma música que seja feita só para a festa”, refletiu, reconhecendo, contudo, que os amigos Léo e Márcio Victor, do Psirico, estão com grandes apostas. Durante a folia, o cantor irá encarar uma maratona puxando trios aqui em Salvador, com destaque para o bloco As Muquiranas no sábado, no Campo Grande. “Já estou ansioso. Adoro aquele bloco, sou super apaixonado. A expectativa está muito grande, pois as atrações são escolhidas pelos associados”, lembrou. No meio disso tudo, ainda comandará festa em Porto Seguro e no Pará.

Apesar de apostar em “Sarra Toma” por conta da proporção alcançada, a banda lançou “Bumbum Carente” justamente no momento em que alguns artistas estão criticando a cultura por estar se reduzindo a letras sobre “bunda”. Quanto a isso, Tony foi prático: “Será que já não estamos pobres há muitos anos, então? Desde os anos 90 ouço falar de bunda. O É o Tchan fez muito isso (risos)”. “Não mudou nada. O que não acho bacana é quando chega ao nível pejorativo, escrachado. O pagode, em parte, tem se preocupado com isso, como Léo, Harmonia e Psirico. Agora falar de bunda é uma linguagem antiga. Não tem problema falar disso”, reforçou. Aliás, o artista não teve problema de conversar sobre nada. Indagado se cogita seguir em carreira solo, como muitos dos seus amigos, confessou que não pensa na possibilidade e disse estar vivendo o Parangolé de “forma intensa”. “Ficar especulando não é a minha. Estou muito feliz com o trabalho. Realizado. De uns dois anos para cá consegui imprimir meu estilo, minha identidade. Então, agora que tomou forma não tem como pensar nisso”, reafirmou.

Em agosto de 2017, Tony pegou todos seus fãs de surpresa ao ser diagnosticado com malária, contraída durante uma viagem a trabalho na África do Sul. O marido de Scheila Carvalho foi internado no Hospital Aliança no dia 10 de julho, onde permaneceu até o dia 24 do mesmo mês, e depois seguiu em tratamento domiciliar. O artista lembrou o episódio e disse que o desejo de “aproveitar a vida ao máximo” é o que ficou de lição. “Estamos aqui bem e daqui a pouco uma fatalidade pode acontecer. Às vezes, a gente se prende muito ao futuro, idealizando coisas e deixamos de viver o hoje. Então, sempre busquei e busco mais ainda estar perto das coisas e pessoas que amo”, confessou. Uma dessas pessoas, sem dúvida, é a sua filha Giulia Carvalho, de 7 anos. A pequena tem feito sucesso nas redes sociais por conta de sua “vocação hereditária” para as artes. Quanto a isso, Tony ponderou. “A gente não incentiva diretamente, mas deixamos à vontade para quando tiver discernimento poder decidir. Damos oportunidade. Ela pediu para cantar, colocamos na aula de canto. Pediu ballet, piano e violão. Agora vou ter que comprar o violão (risos). Tá querendo, a gente deixa. Se tiver de ser, que seja de coração”, finalizou. Até o final de janeiro, a banda Parangolé comanda seus ensaios de verão às quartas-feiras. Para esta edição, dia 24, o grupo terá participação de Pablo e Tierry, no Galpão Live Music, Pituba, a partir das 22h. Na última edição, no dia 31, contudo, a festa mudará de espaço e será realizada no Wet'n Wild. Já estão confirmados Devinho Novaes, com show completo, Mc Don Juan e Léo Santana.