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Estudante de Medicina da UFBA, 'Nova Morena' do É o Tchan declara: 'Prefiro ser a Negra'

Por Júnior Moreira

Estudante de Medicina da UFBA, 'Nova Morena' do É o Tchan declara: 'Prefiro ser a Negra'
Foto: Reprodução / Instagram

Com sucessos como “Pau Que Nasce Torto/ Melô do Tchan”, “Na Boquinha da Garrafa”, “Pega no Bumbum” e “A Dança do Ventre”, o grupo É o Tchan marcou uma geração. De 1990 até início dos anos 2000, muitas garotas e garotos sonharam em ser do time de dançarinos, que revelou nomes como Carla Perez, Débora Brasil, Jacaré, Scheila Melo e Scheila Carvalho. Depois de 23 anos e mais de 6 milhões de álbuns vendidos, o conjunto decidiu abrir mais uma vez o concurso “Nova Morena do Tchan” e a escolhida foi a soteropolitana Lorraine Ribeiro, 21 anos. Ela, que não foge à regra dos que almejaram o posto, traz uma curiosidade em seu currículo: é estudante do segundo semestre de Medicina na Universidade Federal da Bahia. “Desde pequenininha queria dançar no Tchan. Tem vídeos meus fazendo coreografias nos aniversário de 2 e 3 anos. É engraçado. Porém, sempre disse que queria ser médica e dançarina do É o Tchan. As pessoas viravam para minha mãe e alegavam ser uma 'coisa de criança', 'que eu era iludida' e que ‘quando crescesse não seria capaz de fazer as duas coisas’”, lembrou em entrevista ao Bahia Notícias.

Por conta do seu perfil, ela já está sendo comparada com a Débora, última participante negra com notoriedade na mídia e entre os fãs. “Pra mim é uma surpresa. A questão da semelhança acaba sendo uma coincidência. A Débora sempre será a rainha. Nunca vou conseguir dançar que nem ela. São tempos diferentes e o nosso estilo. Não estou ali tentando ser ela, mas representá-la é uma honra. É uma repercussão positiva”, frisou. E apesar do título de “Morena”, ela faz questão de realçar seus traços. “Prefiro ser chamada de a ‘Negra do Tchan’, principalmente porque durante todo esse tempo eles não tiveram uma negra, negra, sabe? Tanto que Beto ficou louco quando viu que tinha uma 'negona'. Em alguns momentos, ele até já tá cantando "A nova negona do Tchan" (risos). Me empolgo mais ainda. Gosto dessa representatividade”, defendeu.

 

Conciliar as duas atividades não tem sido uma tarefa fácil. Por isso, Lorraine diz contar com o apoio dos colegas da academia. “É a pergunta que mais respondo nos últimos tempos, porém é uma questão de sonho, né? Vai chegar um momento que acredito que não irei conseguir, mas acho que ganhei mais coragem porque eles sabiam da minha situação e decidiram apostar em mim. Se eu conseguir fazer os dois será a felicidade de minha vida. Costumo dizer que medicina é meu sonho, mas dança é meu amor”, confessa. “O mais difícil é a questão do sono. Nem todas as viagens são de avião e, por isso, tenho que sair no meio da semana pra viajar e perco muitos dias de aula. Estou fazendo seis matérias esse semestre e para Medicina a presença é indispensável. Vivo calculando tudo para dar conta das coisas; coloco tudo na balança”, lembra. Quanto aos familiares, ela explica: “A família tá com o coração partido, pois ao mesmo tempo que vibram de alegria, afinal sabem que é a coisa que mais queria, estão com medo de que largue a Medicina”, confessa aos risos. Ainda assim, ela garante que ainda não pensa em desistir da faculdade. “Não passa pela cabeça. Não por agora. O Tchan mudou, né? Antigamente as dançarinas tinham mais visibilidade. Hoje, por uma opção deles, estão investindo mais em Beto e Compadre. Somos as dançarinas, mas não somos ‘AS DANÇARINAS’. Então, por exemplo, se eu sentir que estamos começando a ter destaque, talvez seja capaz de trancar um semestre”, avalia.

Técnica em Petroquímica e Bacharel em Saúde pela UFBA, a graduanda explicou como está seu vínculo com a banda, após as recentes polêmicas com outras bailarinas (relembre aqui). “Somos terceirizados, por causa dos problemas que eles tiveram com as dançarinas. No meu caso, os shows que não tiver disponibilidade, outra morena deverá ir para o meu lugar. Até o momento é essa situação”, pontuou. Questionada sobre a relação estabelecida com Compadre Washington e Beto Jamaica, ela explica que todos têm mantido respeito uns com os outros. “Como teve essa confusão, minha família e eu já fomos com receio. Porém, por incrível que pareça, eles me tratam com o maior respeito, com um carinho surreal. Antes era só 'Oi, oi. Tchau, Tchau', mas não como frieza e sim respeito. Hoje, Beto já me chama de sobrinha. Compadre já se preocupa com a gente, como estamos e o que estamos comendo. É uma relação de amor, mas sem intimidade”, finaliza.