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Rejeição ao Eva no Carnaval do Rio envolve receio de perda de patrocínio, diz Pezzoni

Por Júnior Moreira

Rejeição ao Eva no Carnaval do Rio envolve receio de perda de patrocínio, diz Pezzoni
Foto: Divulgação
Não é de agora que o Carnaval de Salvador abre espaço para o desfile de atrações de outros estados com os mais variados estilos. Basta buscar conhecer a história da festa para descobrir que o marco inicial foi em 1950 com Dodô e Osmar trazendo a “Fobica” - que em seguida passaria a ser chamado de trio elétrico. Naquele ano, o primeiro grupo a desfilar foi chamado de Clube Vassourinhas, originário do Recife, e trazia o Frevo como carro chefe e não o Axé, como muitos acreditam, já que este movimento só viria a surgir em 1980. Ou seja, a mistura faz parte da essência da folia baiana, que apresenta há anos um dia exclusivamente dedicado ao samba, por exemplo. Porém, o mesmo ainda não pode ser dito do período no Rio de Janeiro. Na última semana, foi divulgado que a banda Eva ganhou autorização, após três anos de tentativas, para desfilar nas ruas da festa carioca em 2017, a contragosto de muitos representantes dos blocos do lado de lá, que iniciaram uma onda de manifestações contrárias à novidade (veja aqui). Em entrevista ao Bahia Notícias, o vocalista do Eva, Felipe Pezzoni, comentou como recebeu a situação. “Acho que é completamente compreensível. Eles percebem a gente como o Carnaval de Salvador; da forma que lidamos com a festa aqui, mas iremos entrar nos moldes da folia carioca. Vai ser sem cordas para galera toda curtir”, prometeu. Ao ser questionado sobre o motivo que teria desencadeado essas reações, foi objetivo: “São blocos pequenos e que precisam de patrocínio. Na verdade, temem que levemos cada vez mais blocos para lá. Todo mundo tem medo do desconhecido”, apontou. 

Em seguida, Pezzoni explicou que o grupo vê o Rio como uma segunda casa e, por isso, estar no Carnaval será a forma de retribuir todo o carinho que recebem ao longo do ano. "Há três anos estamos tentando sair com esse bloco na rua e conseguimos agora a liberação. Com em fé em Deus, dará tudo certo. O Brasil é plural. E, principalmente, no Carnaval não pode existir preconceito de ritmos. O samba chega aqui e tem um dia todo dedicado para ele. Tem que ser assim, pois o país é muito maior que isso. Iremos tocar nossa música de maneira respeitosa com todas as regras deles”, admite o cantor, que em 2016 fez participação no Bloco das Poderosas, liderado por Anitta, onde juntos arrastaram cerca de 180 mil foliões ao centro do Rio de Janeiro. A polêmica segue gerando indignações em grupos tradicionais da folia carioca. Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação que responde por 11 grupos do Rio, reclamou, em entrevista ao Globo, e ponderou não achar "que só tem que tocar marchinha na rua". "Por que a gente precisa trazer bloco da Bahia se a cidade já tem mais de 500 blocos criados aqui de forma espontânea, entre amigos, para fazer um carnaval de brincadeira e não carnaval de negócios como é neste caso?”, questionou.  No calendário do festejo carioca, a banda Eva puxará o trio no dia 4 de março. O local ainda não foi divulgado.