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Manno Góes analisa e critica músicas do Carnaval e admite que não fez nada melhor

Por Aymée Francine

Manno Góes analisa e critica músicas do Carnaval e admite que não fez nada melhor
Foto: Divulgação
O cantor e compositor Manno Góes é conhecido, também, pelas análises e opiniões que costuma postar em sua página do Facebook. Diante da proximidade do Carnaval de Salvador, o artista resolveu fazer uma análise detalhada sobre as músicas de trabalho de alguns dos principais artistas da Bahia e dar notas a qualidade delas quando relacionadas à folia de momo. 
 
Manno começa a análise com Ivete Sangalo e a música ‘O Farol’.  “O clipe é melhor que a música. Música boa - como qualquer música que Ivete grave e Ramon componha. Mas fica só aí: uma música boa. Longe de ser ótima. O clipe sim, é ótimo! O clipe de 360 graus mais visto no mundo!!! Um clipe muito melhor do que a música. Entra aí nesse sucesso todo, toda a força e sagacidade de Ivete. Mas a música está longe - bem longe - de ser uma "Festa", uma "Poeira", ou de qualquer outra composição de Ramon gravada por ela. Nota 6”, escreveu ele – destacando que em qualquer outro período do ano a nota da canção seria 8, e não 6.

 
Seguindo a postagem, o cantor passa a falar sobre a música ‘Corazón’, de Claudia Leitte. “O povo não sabe falar português, vai saber falar em inglês? Vá pra porra! Eu adoro a música. Boa mesmo. Mas sem nenhuma relevância para o carnaval - a intenção da música não é levar este ‘Oscar do dendê’. Ela terá outros alcances e importâncias. Nota 5”, diz ele, também elevando a nota do hit para 8 no resto do ano.
 
As próximas canções analisadas são ‘Brindar à vida’ e ‘Brindar’, do antigo grupo de Góes, Jammil e da Banda Eva – respectivamente. “Momento de transição: bom arranjo, boa música. Banda foda. A que mais cresce, sutilmente, na Bahia. Caminho bem traçado. Cantor foda. Dvd novo sensacional. Música, porém, sem fôlego para ganhar um verão. Refrão fraco. Nota 6”, coloca ele sobre a canção interpretada por Levi Lima. Já a música de Felipe Pezzoni, sofreu mais críticas. “Música pior que a do Jammil, com o mesmo tema e intenção. Cantor e banda foda! Música fraca. O DVD é ótimo! Nota 5”, opina.

 
O compositor de ‘Mila’, segue, então, o texto falando de ‘Cidade da Música’, de Daniela Mercury, classificando-a como consequência de uma oportunidade. “Boa música. Gosto. Poderia até gostar mais, em outro momento. Porém a considero equivocadamente oportunista diante de um CD espetacular recém lançado por ela - que tem músicas muito melhores - devido a um título que Salvador ganhou pela Unesco. Nota 6. Prefiro "Três vozes" ou qualquer outra do disco dela”, disse. Sobre a maior aposta para canção da festa, Manno tece elogios, mas não acredita no sucesso longínquo da banda. “Vingadora: nota 10!!! Chega crescente e com cara que crescerá mais ainda. É alegre, divertida e sabemos que é o Gordinho Gostoso do verão. Vai durar o tempo de uma fralda. Por ela ser mulher, pode ter mais longevidade que os cantores. Isso é lógica de mercado. Preguiça de explicar aqui. Tra Tra Tra”, escreveu. 

 
A partir daí o artista fala sobre a ausência de músicas boas, ou em alta divulgação, de Tomate, Timbalada e Cheiro de Amor. Além disso, Góes critica também a necessidade da prática do ‘jabá’ (pagamento) para execução das músicas nas rádios da capital baiana. “Acontece que Magary não está tocando em rádio, por exemplo. Tem uma música dele massa. Sem grana pra trabalhar, porém. Você vai conhecer como? Baiana System não toca em rádio. Não vai pagar Jabá. Consequentemente, não concorre com a vingadora. É o caso do Alavontê, por exemplo. A música nova de Ricardo Chaves com Magary não toca em rádio. Música foda! A melhor de Ricardo dos últimos 700 anos, desde que ele lançou o Bicho. Mas não toca. Você então não conhece. A mais bonita: Filhos de Jorge. Você conhece? Não, né? Eu sei. Quantas músicas boas não tocam por não aceitarem ou não terem como pagar jabá? E quantas músicas merdas tocam por conta de jabá?”, questiona ele, iniciando uma crítica aos modos de fomentação da música baiana. No fim, Manno faz um apelo. “Melhore, axé!”, finaliza. Confira o texto completo: