'Vamos lutar por R$ 5 milhões ao ano', anuncia Bellintani sobre Viva Cultura
Por Rafael Albuquerque
Foto: Rafael Albuquerque / Bahia Notícias
Aconteceu na manhã desta terça-feira (22) o primeiro encontro de artistas independentes que atuam em Salvador com o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo da capital baiana, Guilherme Bellintani. A reunião, que aconteceu no Commons Bar, no bairro do Rio Vermelho, contou com a presença de cerca de 50 artistas, que deixaram claro que aquele não seria momento de reivindicar, mas de trocar ideias e mostrar à prefeitura que eles existem. Com a participação do presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, na discussão, o grupo, formado por músicos de talento reconhecido pelo público e crítica, como Juliana Ribeiro, Mariela Santiago, Fábio Cascadura, Peu Meurray e tantos outros, debateu projetos e leis de incentivo à cultura. Bellintani falou da necessidade e importância de criar e discutir uma pauta consistente para o setor, lembrou o início recente do projeto Boca de Brasa e salientou que tem recebido aval do prefeito ACM Neto (DEM) para conquistar avanços na cidade. "Tem gente que fala que ele é do DEM, PFL, que é Antônio Carlos Magalhães Neto. Não existe essa coisa. Ele nos dá absoluta liberdade. Prova disso é o crescimento orçamentário que vamos ter no próximo ano", defendeu o gestor, ao anunciar que a prefeitura pretende retomar o Viva Cultura, lei municipal de incentivo baseada na isenção fiscal do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). "Mas não temos orçamento, ainda. Vamos lutar por R$ 5 milhões ao ano", antecipou. Fernando Guerreiro também falou de política, ao afirmar que afasta o que há de mais pejorativo no poder e usa a política para "agilizar o sistema de cultura de Salvador". O presidente da FGM informou que o projeto que propõe a criação de um conselho deliberativo na entidade já foi enviado à Câmara Municipal de Salvador para "ajudar a gerir a política cultural na cidade". Ao Bahia Notícias, Guerreiro lembrou que o diálogo é importantíssimo. "Existe em Salvador uma cena independente e diversa que precisa ser mais valorizada. Afinal, Salvador tem cara de música", afirmou. Bellintani pontuou, no entanto, que, apesar de tê-lo buscado, o diálogo não basta. "Temos que debater para qualificar as decisões, pois a música independente é muito pouco ouvida", opinou. Ao final do encontro, os artistas entregaram ao secretário uma caixa com amostras de seus trabalhos. O grupo cogita novos encontros com representantes da prefeitura. Dessa vez, com pautas bem definidas.