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Marca Bahia Notícias Holofote

Entrevista

Dan Miranda explica 'nova fase' do Ara Ketu: 'Precisa estar sempre evoluindo' 

Por Erem Carla

Dan Miranda explica 'nova fase' do Ara Ketu: 'Precisa estar sempre evoluindo' 
Foto: Divulgação

Com 42 anos de existência, o Ara Ketu, quando toca, continua deixando todo mundo pulando que nem pipoca. Prestes a completar cinco anos comandando os vocais da banda, Dan Miranda conversou com o Bahia Notícias sobre a evolução musical e a renovação que o grupo está apostando.

 

“Na verdade é uma fase que eu posso até usar o termo ‘Tecnológica do Ara Ketu’, porque é uma banda que tem 42 anos, mas independente da idade cronológica precisa estar sempre evoluindo”.

 

Apostando em parcerias musicais com artistas de brega funk e sertanejo, como ‘Onda do Amor’, nova música de trabalho com Gabi Martins, Dan ainda explicou por que não enxerga os novos ritmos como ameaça a gêneros tradicionais como o axé music. 

 

“Eu tenho uma opinião diferente de algumas pessoas, alguns colegas inclusive acham que eu deveria ser mais radical”. 

 

Durante o papo, o vocalista da Ara Ketu também falou sobre tendências musicais na internet, coreografias, novas parcerias e música para o Carnaval 2023. 

 

Confira a entrevista completa: 

 

Vamos começar falando um pouco desse lançamento com Gabi Martins. Como foi que aconteceu o contato entre vocês?

Na verdade já tínhamos conversado no Ara Ketu e estávamos convidando algumas pessoas para fazer participações [nas lives] durante a pandemia. O primeiro foi Ávine Vinny e depois demos uma estagnada no processo por causa da pandemia, passamos a lançar outras coisas do Ara Ketu, fizemos releituras, mas sempre com essa vontade de fazer os feats. Surgiu essa música através de Adson Santana, nosso diretor musical, e a ideia de chamar Gabi foi de Cristiano e Kadu. Foi uma grata surpresa ela ter aceitado o convite porque ela disse que também tinha vontade de gravar com o Ara Ketu. 

 

Vocês reforçam que essa música marca uma nova fase da Ara Ketu, que fase é essa?

Na verdade é uma fase que eu posso até usar o termo ‘Tecnológica do Ara Ketu’ porque é uma banda que tem 42 anos, mas independente da idade cronológica precisa estar sempre evoluindo. Hoje a gente usa muito essa questão tecnológica musical, o mundo todo usa, e o Ara Ketu, embora com 42 anos, está participando dessa evolução tecnológica musical. Então para gente é um prazer também ter a participação de uma cantora de sertanejo com todos esses aparatos que a gente já queria usar, hoje tem espaço para usar e estamos usando.

 

Você completa cinco anos à frente de Ara Ketu em dezembro, o que você sentiu mudar na banda com o passar desses anos?

Uma das grandes mudanças do Ara Ketu é justamente a gente está tentando colocar uma cara mais nova na banda, mas preservando também o antigo. Acho que hoje é a grande mudança do Ara Ketu. O Ara Ketu tem participações em alguns discos antigos com artistas da música popular mas não tinha com artistas sertanejos, hoje já tem e com certeza virão mais novidades com outros artistas também. 

 

Muito se discute que a chegada desses novos ritmos às vezes fazem com que as bandas mais tradicionais, como as bandas de axé, percam espaço em grandes eventos, como o Carnaval por exemplo. Você enxerga esse conflito?

Eu tenho uma opinião diferente de algumas pessoas, alguns colegas inclusive acham que eu deveria ser mais radical, mas eu acho que toda e qualquer manifestação de cultura, principalmente a musical, é bem vinda. Acho que tudo é cíclico, as gerações estão aí para consumir o que eles gostam e cabe a gente que proporciona para eles [público] enquanto produto, produzir uma coisa que eles também consumam. Então por que não ter essa mistura de ritmos, de colegas de outros segmentos musicais para somar junto com a gente? O Ara Ketu continua mantendo a essência mas a gente faz algumas músicas modernas na batida da gente e eu acho que não tem porque não fazer. Isso só enriquece a nossa música e a nossa história enquanto banda. 

 

Como você disse, são 42 anos de Ara Ketu e a banda vem se mantendo com o passar dos anos. Como é feito o trabalho de manutenção e conquista de novos públicos?

Estamos passando por essa manutenção agora e está dando certo. Modernizando algumas coisas e preservando o que já tinha no Ara Ketu que é pegar uma história gigantesca com muitos sucessos, uma história já antiga e dá uma cara nova, mantendo e preservando o que a gente já encontrou. Usando percussão nova, um pouco de percussão eletrônica, arranjos mais modernos, mas não deixando de preservar o que a gente já encontrou. 

 

Entre essas coisas mais modernas, existe uma forte pressão das músicas virem acompanhadas de coreografias. Como a banda trabalha isso?

Inclusive nessa música com Gabi tem uma coreografia simples que nós fazemos, que embora simples, é muito legal. Isso é super importante, hoje existe essa necessidade do mercado de ter uma coreografia, fazer uma dancinha, uma brincadeira… e a gente tá seguindo também esse caminho.

 

O Ara Ketu já misturou brega funk, forró, sertanejo… qual outro ritmo a gente pode esperar na mistura com o Ara?

Podem esperar vários (risos). A gente tá pensando algumas parcerias super interessantes, que ainda são segredo (risos), mas a gente vai anunciar em breve. Vai ter muita novidade boa, uma música já para o Carnaval que vai ter uma dancinha também que com certeza vai ficar na cabeça da galera. 

 

E como está essa preparação do Ara Ketu para o Carnaval de 2023?

Estou malhando e dormindo um pouco mais, porque esse ano o Carnaval promete. O Ara Ketu é uma banda que toca muito fora de Salvador, fora da Bahia e por onde nós passamos no Brasil inteiro é todo mundo falando que vem para o Carnaval de Salvador. Existe uma demanda reprimida por causa da pandemia, desse processo de dois anos que todos nós passamos em casa sem poder fazer festa, sem poder aglomerar e eu tenho certeza que vai ser um Carnaval espetacular para todo mundo.