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Entrevista

'Não é porque viemos da Bahia que vamos nos entregar ao Axé’, avaliam Lucas e Orelha

Por Renata Pizane

'Não é porque viemos da Bahia que vamos nos entregar ao Axé’, avaliam Lucas e Orelha
Foto: Fernando Duarte/ Bahia Notícias
Lucas e Orelha estão vivendo uma nova fase da carreira. Quase um ano depois de participarem do programa Superstar, exibido pela Rede Globo, os baianos acabaram de lançar o primeiro CD da carreira, “Vamos Além”, e estão divulgando sua nova música de trabalho, intitulada “Tempo ao Tempo”, cujo clipe foi gravado em pontos históricos de Salvador.  Em entrevista ao Bahia Notícias, a dupla contou detalhes da mudança para o Rio de Janeiro, os problemas em decorrência do rompimento com o antigo empresário e os planos para o futuro, incluindo a parceria com a cantora Gabily em uma versão da música “Love Yourself”, de Justin Bieber (saiba aqui).

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Vocês iam lançar este primeiro CD em setembro, depois mudaram para novembro, por que esses adiamentos?
L: Na verdade, foi por conta do processo de separação do antigo empresário. E como não sabíamos quem iria ocupar a nova gestão, a gente acabou mudando as datas.
O: Graça a Deus, lançamos e está tudo lindo.

Vocês ficaram satisfeitos com o resultado? participaram da produção?       
              
L: Ficamos satisfeitos, porque as coisas começaram a fluir como esperamos. A gente já fazia músicas até antes mesmo do programa, aí como ganhamos tivemos a oportunidade da Gravadora Som Livre produzir esse CD. Mostramos as músicas e não esperávamos que gravadora e toda diretoria da Som Livre fosse gostar de todas as músicas, acabaram selecionando 14 faixas só nossas.

Foi uma opção de vocês esse CD não ter participações?
L: Foi uma ideia nossa sim, a gente queria uma parada mais nossa.
O: Uma das composições é em parceria com o Tuca Fernandes. Ele foi o primeiro cara que deu oportunidade para gente participar do Carnaval. Somos muito gratos. Até o EP dele tem músicas nossas, são cinco da gente no total. A gente sentava e compunha lá na casa dele em um projeto chamado ‘Tardes Musicais’.  É uma pessoa que a gente tem a maior gratidão do mundo. A ele e o irmão dele, o Guga Fernandes, nosso antigo empresário. O povo diz que quando termina um contrato e tal ficam de mal, nós particularmente não temos nada contra ele, agradecemos pela oportunidade que ele nos deu, porque se não fosse ele mostrando o nosso trabalho através do programa a gente não teria tido a oportunidade de estar lá. A gente é muito agradecido, enfim.
 
Vocês escolheram ‘Tempo ao Tempo’ como música de trabalho, é uma composição de vocês, tem algum motivo especial?
L: Pelo jeito que a música tocou a gente, ela tem um sentimento muito forte e tocou a gente. Uma sinceridade muito forte. Ficou muito gostosa de se ouvir, então entramos em concordância para escolhe-la como música de trabalho.

De onde surgiu a ideia de gravar o clipe em Salvador?
L: Durou só um dia para produzir, ficamos 14h nas locações (Lucas). Foi uma parada mais paisagística.
O: A gente tinha a opção de gravar em São Paulo e Salvador. Aí a gente pensou, ‘pô nossa casa e nunca gravamos nada aqui’, tinha também a questão dos pontos históricos.

Houve uma mudança estética de Preta Perfeita para este ...
L: Participamos. Inclusive, o clipe de ‘Preta Perfeita’ Fo ideia nossa. A gente quis realmente construir uma parada americanizada, bem High School.  Recebemos várias críticas, mas infelizmente é o modo que o Brasil pensa e não vamos deixar de expor nossa ideia por causa de uma pessoa que falou que estava americanizado. Na Bahia, tem várias ideias e cada uma faz do jeito que quer.
O:A gente se espelha muito na cultura americana. Tem espaço, porque os artistas de fora vem aqui e eles lotam estádio, casa de show. Tem espaço para esse som americanizado. Não é porque a gente veio da Bahia que a gente vai se entregar ao Axé, somos fãs. Mas nosso estilo vem desse berço, a gente já cresceu vendo esse som. Quem está nessa tendência é Anitta, uma parada bem gringa, bem pop.


 

 

Há um ano vocês eram apenas participantes do Superstar e hoje são conhecidos no Brasil todo. O assédio naturalmente aumentou, como lidaram com isso? o que sentem mais saudade de fazer quando eram menos conhecidos?
L:
 Graças a Deus a gente consegue fazer tudo de antes. Mas, logo depois do programa Superstar foi aquela agonia, porque normalmente quando você sai de um programa de televisão as pessoas ficam muito em cima. Se eu tirar os óculos, consigo andar naturalmente pela rua Aqui em Salvador é mais difícil, mas no Rio de Janeiro é tranquilo.    
                                                                                                                                                                                                                                  
Vocês deixaram Salvador e agora estão no Rio de Janeiro, por que a mudança? Como está a rotina de morar longe de casa?
L: Foi uma decisão nossa em conjunto com a nossa gravadora, porque fica perto de tudo. A gente está morando lá de vez.
O: A rotina mudou muito, mas foi necessário.  Lá abrange mais nosso estilo, nossa galera, os amigos, artistas.

Qual o desejo que já se tornou realidade?
L: A vida é feita de metas e sonhos. Eu sempre conquisto uma e quero conquistar outra. A primeira, era que todos soubessem quem era Lucas e Orelha, agora queremos manter, porque a gente sabe que várias pessoas saem de programas e são esquecidas.
O: Sonho pessoal tenho vários, como ficar perto da minha família. Quanto à vida profissional, estou louco por um DVD. Vai demorar um pouquinho, mas já penso onde seria, como seria.

Vocês começaram a rodar o país fazendo shows e Salvador ainda não entrou na rota, há alguma apresentação em vista?
L: Salvador está sim nos nossos planos, até porque é nossa cidade natal. A gente está fazendo um trabalho muito focado no Rio de Janeiro, porque logo depois do SuperStar a gente não estava e precisávamos fazer algumas coisas acontecerem.
O: Principalmente porque as novas músicas já estão tocando.

Vocês estavam na expectativa de estrear como puxadores de trio no Carnaval e foram substituídos misteriosamente, o que aconteceu que não deu certo com o bloco infantil Ibéji?
L: Foi alguma coisa do próprio bloco. Eles organizaram algo errado.
O: A gente ainda foi lá e fez participação no trio, acabamos puxando também até o fim.


Foto: Fernando Duarte/ Bahia Notícias

Vocês acham que o imbróglio com seu antigo empresário Guga Fernandes atrapalhou a carreira de vocês?
L: Não atrapalhou a carreira, mas sim, alguns planos e planejamento nossos, de tempo de lançamento de CD, de tempo de investir em músicas nas rádios.
O: Hoje está tudo fluindo, estamos tendo retorno.

Vocês se resolveram? Quem hoje cuida da dupla?
L: A Muito Mais Entretenimento. A mesma produtora do Nego do Borel e da Anitta.

Por conta dessa situação vocês ficaram de fora de da programação do Réveillon de Salvador. O que aconteceu? ficaram chateados?
L: A gente ficou até triste, era um show que a gente estava preparando para ser especial, até para agradecer ao povo da Bahia. Foi alguma confusão que teve lá dentro, não foi por causa de documento, a gente estava tranquilo e disposto até a tocar de graça naquele dia para poder só ter o contato com o público.
O: Íamos doar nosso cachê a instituições de caridade. Não deu certo por algum motivo, que também não sabemos o que é. Com fé em Deus esse ano vai sair.

Esse foi o segundo evento da Prefeitura que vocês não conseguiram se apresentar. Há novos convites? 
L: O prefeito, que a gente soube que é muito fã da gente, ainda não nos chamou para nada. Se chamar estaremos aqui.

Qual o artista que vocês sonham em fazer parceria?
L: Tá chegando. Temos sonho de fazer com vários artistas. Tá vindo novidade aí.  Não é da Bahia, será uma composição nossa.
O:Não podemos adiantar, mas já está vindo por aí.


Foto: Josenildo Moreira/ Bahia Notícias 

Vocês estão assistindo SuperStar? estão na torcida por alguém?
L: Sim. Assistindo pouco. Vemos os comentários.
O: Ainda dá um frio na barriga quando olhamos a contagem inicial. A gente ficava muito nervoso, as pernas tremiam. Lembro que na primeira apresentação o Lucas teve que segurar minha mão porque as pernas tremiam.


Se vocês fossem participar de um novo reality musical tem algo que faria diferente?
L: Muita coisa, a mente evolui. Acho que faríamos uma parada mais cênica, mais teatral no palco.
O: A gente aprendeu pirotecnia, começamos a dançar. Seria totalmente diferente porque estaríamos mais soltos. Antes a gente ficava maluquinho quando se apresentava.

E o coração ... estão namorando?
L: Eu fiquei um tempo solteiro, mas já comecei a namorar de novo.
O: O meu caso é velho, estou namorando há quatro anos e três meses.